Tocantins

Porque a pobreza mestrual causa riscos a saúde?

Publicado por
Lorena Karlla Mascarenhas

“A pobreza menstrual é uma violação dos direitos humanos. Infelizmente o acesso precário aos itens de higiene menstrual, principalmente absorventes, faz com que muitas mulheres utilizem meios inadequados para conter o fluxo menstrual ou não fazem as trocas do absorvente com a frequência adequada, o que pode causar diversas complicações de saúde”, a explicação é da coordenadora do Nudem, defensora pública Pollyana Lopes Assunção.

Conforme o Governo Federal, podem ter acesso aos absorventes gratuitos brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, têm entre 10 e 49 anos de idade, estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.

O benefício pode ser adquirido nas Farmácias Populares, por meio do programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual do Governo Federal que visa combater as desigualdades ligadas à pobreza menstrual.

Procedimento para a retirada:

– Emitir, em formato digital ou impresso, a “Autorização do Programa Dignidade Menstrual“, que deve ser gerado via aplicativo ou site do “Meu SUS Digital” (nova versão do aplicativo Conecte SUS), com validade de 180 dias;

– Dirigir-se a uma unidade credenciada do Farmácia Popular (veja a lista de farmácias credenciadas aqui);

– Apresentar a autorização e um documento de identificação oficial com número do CPF.

– Caso tenha dificuldade para acessar o “Meu SUS digital” ou para emitir a autorização, é possível se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde para obter orientações de agentes de saúde ou profissionais.

Lorena Karlla Mascarenhas

Jornalista, especialista em políticas públicas, mestranda em Comunicação e Sociedade. Escreve sobre Direitos Humanos, Justiça, Viagens, Sociedade, Cultura e Arte

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Lorena Karlla Mascarenhas