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Pesquisa revela que Palmas lidera expansão cicloviária no Brasil, mas enfrenta desafios na infraestrutura e sinalização

Levantamento apontou um crescimento de 39,8%; mas representante de grupo de ciclista alerta que sinalização ainda é entrave

 

Um recente levantamento realizado pela Aliança Bike, uma associação que reúne mais de 180 empresas e organizações voltadas ao ciclismo no Brasil, trouxe Palmas como a capital que apresentou a maior expansão da malha cicloviária dentre as capitais brasileiras entre os anos de 2022 e 2023, em termos proporcionais.

O crescimento foi de 39,8%, passando de 49 quilômetros para 68,5 quilômetros. O segundo lugar na pesquisa ficou com Macéio, que teve crescimento de 20,7% na expansão cicloviária, e em terceiro, Brasília, com 20% de crescimento.

O levantamento da Aliança Bike foi feito pelo segundo ano consecutivo e em termos de Brasil verificou que um aumento pouco expressivo na malha cicloviária, de 4% em 1 ano, passando de 4.196 km em 2022 para 4.365 km em 2023. Das 27 cidades, 16 apresentaram crescimento, quatro ficaram estagnadas e sete tiveram decréscimo em relação a junho de 2022.

A pesquisa também comparou o comprimento das ciclovias e ciclofaixas em quilômetros por 100 mil habitantes, com base nos dados do Censo de 2023. Nessa categoria, Florianópolis (SC), Brasília (DF) e Palmas (TO) lideraram o ranking, enquanto São Paulo, apesar de ter a maior malha cicloviária do Brasil, ficou em 19º lugar.

OS DESAFIOS ENFRENTADOS APESAR DO CRESCIMENTO 

Pesquisa revela que Palmas lidera expansão cicloviária no Brasil, mas enfrenta desafios na infraestrutura e sinalização
José Martins, conhecido com Parriul, fundador do coletivo de ciclistas Pedais e Trilhas

 

Apesar desse impressionante crescimento em sua malha cicloviária, Palmas ainda enfrenta desafios. Jair Martins de Souza Jr, conhecido com Parriul, fundador do coletivo de ciclistas Pedais e Trilhas, ressaltou que, embora a cidade tenha experimentado um aumento no número de ciclistas, problemas como manutenção inadequada, falta de sinalização vertical e calçadas inadequadas persistem. “Tem um número grande de pessoas pedalando, principalmente depois da pandemia. Mas ainda tem problemas de manutenção, de falta de sinalização vertical, de rebaixamento de calçadas”, ponderou à rede social da pesquisa.

Parriul comentou em uma rede social da pesquisa que a relação com a administração pública é positiva e que algumas demandas locais, como sinalização e reparos nas vias, foram atendidas, mas o ciclista enfatiza, “Ainda é preciso de mais campanhas para incentivar o uso da bicicleta e que a maior reivindicação é implantar em todo o canteiro central da Avenida Teotônio Segurado, que corta Palmas de ponta a ponta, uma ciclovia para integrar melhor os bairros da cidade”.

O QUE DIZ A PREFEITURA 

Em nota a prefeitura de Palmas informou que todas as questões relacionadas às políticas de mobilidade urbana na cidade têm sido discutidas desde o ano passado, por meio de audiências públicas, como parte do processo de elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob).

De acordo com a prefeitura, o plano encontra-se em fase avançada de elaboração de propostas, levando em consideração as necessidades identificadas pelos moradores de Palmas. Isso inclui, entre outras iniciativas, a criação de novas ciclovias na cidade e que o PlanMob é uma ferramenta de construção colaborativa dessa forma, destaca a importância da participação de toda a população em todas as etapas do seu desenvolvimento.

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