A equipe de fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) concluiu nessa segunda-feira, 26, mais uma fase da Operação Malha Fina, com foco no combate à caça e à pesca predatórias.
A operação foi realizada simultaneamente em duas frentes, no Parque Estadual do Cantão (PEC) e no Lago da UHE de Estreito. Iniciadas em 20 de agosto, as ações resultaram na apreensão de 1,1 mil metros de redes de emalhar, três tarrafas, uma espingarda artesanal calibre 22, uma munição e uma motosserra.
No Parque Estadual do Cantão, o fiscal ambiental Jusley Caetano coordenou as atividades, com o apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e dos servidores da Unidade de Conservação (UC). As inspeções foram realizadas tanto por água quanto por terra, garantindo uma ampla cobertura da área protegida.
Durante a fiscalização nas águas do Rio Araguaia e afluentes, a equipe intensificou a verificação de embarcações e acampamentos. O objetivo era reforçar a preservação ambiental e informar sobre as consequências das práticas ilegais. “Nossa missão é preservar nossos recursos naturais e garantir que as normas ambientais sejam rigorosamente cumpridas na região do PEC, uma área de extrema importância ecológica para o Tocantins”, afirmou Jusley Caetano.
Em terra, a equipe fez blitzes em veículos nos assentamentos Manchete, Onalício Barros e Pequizeiro. Também, atenderam a denúncias de extração ilegal de madeira na reserva do Assentamento Onalício Barros, onde foram apreendidos uma espingarda artesanal, uma munição e uma motosserra. Todo o material foi encaminhado ao Naturatins para os procedimentos legais.
Educação e Orientação Ambiental
Além das atividades de fiscalização, a equipe também se dedicou a ações educativas. Eles abordaram pescadores para sensibilizá-los sobre a importância da conservação dos recursos naturais e as normas estabelecidas pela legislação ambiental.
O gerente de fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, ressaltou. “As atividades realizadas durante as abordagens também consistem em enfatizar a necessidade de respeitar as normas ambientais para garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e a preservação dos ecossistemas aquáticos”.
Ações no Lago da UHE de Estreito
No Lago da UHE de Estreito, a fiscalização foi coordenada pelo fiscal ambiental Antoniel Gouveia. A operação visou coibir a caça e a pesca predatórias, além de combater o transporte irregular de pescado e o tráfico de animais silvestres.
As atividades abrangeram os municípios de Palmeirante, Barra do Ouro, Filadélfia, Babaçulândia, Darcinópolis e Palmeiras do Tocantins, com rondas terrestres e abordagens em estradas vicinais.
Durante a operação, foram apreendidos 1,1 mil metros de redes de emalhar e três tarrafas. Acampamentos e embarcações foram inspecionados, e ribeirinhos e pescadores foram orientados sobre as leis ambientais e a prática de pesca legal e sustentável.