MPTO pede na Justiça que Gurupi pague diárias e transporte digno a pacientes em tratamento fora do município

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) entrou com uma ação na Justiça, na segunda-feira, 7 , contra a Prefeitura de Gurupi e a secretária municipal de Saúde. O objetivo é obrigar o município a dar todo o suporte necessário aos pacientes que precisam viajar para fazer tratamento de saúde em outras cidades, por meio do programa Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

Hoje, a Prefeitura de Gurupi se responsabiliza apenas pelo transporte dos pacientes. Mas, segundo uma norma do Ministério da Saúde (Portaria nº 55/1999), o TFD deve cobrir também alimentação, estadia e as despesas do acompanhante, se houver.   Ou seja, o município está descumprindo uma parte importante da regra.

Um paciente que precisa viajar com frequência para se tratar no Hospital Geral de Palmas (HGP) procurou a 6ª Promotoria de Justiça de Gurupi. Ele relatou que não tem condições de pagar alimentação ou hospedagem durante os dias de tratamento.

Após receber o relato, o promotor Marcelo Lima Nunes tentou resolver o problema com a gestão da prefeitura. Ele chegou a recomendar que as falhas fossem corrigidas. Mas, como não houve retorno nem mudanças, decidiu levar o caso à Justiça.

Município já recebe verba federal para cuidar da saúde

O Ministério Público lembra que a Prefeitura de Gurupi já recebe recursos do governo federal para custear essas ações de saúde, incluindo o TFD.

Em 2024, o valor repassado foi de R$ 8,8 milhões, em parcelas mensais. Para 2025, o valor previsto sobe para R$ 9,2 milhões. Isso reforça que o município tem condições de garantir o atendimento completo, como determina a legislação.

O que o MPTO está pedindo na Justiça

Na ação judicial, o MPTO solicita que a Prefeitura de Gurupi seja obrigada a:

  • Pagar, de forma antecipada, ajuda de custo para pacientes e acompanhantes que viajam pelo TFD;

  • Garantir valor suficiente para cobrir alimentação e hospedagem, durante todos os dias de tratamento;

  • Oferecer transporte digno, com acesso a água potável e banheiro;

  • Criar mais de um horário de retorno por dia, quando necessário, para que os pacientes não fiquem horas na rua esperando;

  • Providenciar hospedagem ou diária completa, caso o retorno no mesmo dia não seja possível.

Pedido é para que as mudanças comecem imediatamente

O MPTO também pede que a Justiça conceda uma liminar, ou seja, uma decisão urgente, para que essas medidas comecem a valer imediatamente.

Se a Prefeitura e a secretária de Saúde não cumprirem a decisão, o Ministério Público quer que seja aplicada uma multa contra ambos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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