MPTO fiscaliza uso de R$ 74 milhões do Fundo Penitenciário do Tocantins por baixa aplicação

 

Na última sexta-feira, 14 , o Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), iniciou um procedimento administrativo para monitorar o uso dos recursos do Fundo Penitenciário do Estado do Tocantins (Funpes). A ação visa garantir a correta aplicação dos valores destinados ao aprimoramento do sistema penitenciário estadual, com foco na ampliação das vagas nas unidades prisionais.

O Funpes, instituído pela Lei Estadual nº 3.229/2017, tem como objetivo financiar ações para melhorar as condições do sistema penitenciário local, inclusive a resolução do déficit de vagas. A principal fonte de recursos do fundo é o repasse do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Entre os anos de 2016 e 2023, foram transferidos R$ 74.542.632,29 do Funpen para o Funpes, mas apenas R$ 58.059.042,39 desses recursos foram efetivamente aplicados.

Investigação sobre baixa aplicação dos recursos

O Gaesp identificou, a partir de dados disponíveis no site da Secretaria Nacional de Políticas Penais, que uma parte significativa dos recursos não foi aplicada. Em razão disso, o grupo de atuação solicitou informações à Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) sobre as razões dessa baixa execução dos fundos. Além disso, a Seciju foi convocada a enviar um relatório detalhado sobre a execução orçamentária do Funpes nos últimos quatro semestres.

Comunicação com outros órgãos e fiscalização ampliada

O MPTO também notificou o Conselho Gestor do Fundo Penitenciário Estadual e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, para que possam colaborar na fiscalização e no envio de informações relevantes sobre a aplicação dos recursos.

A fiscalização do Gaesp é baseada na Recomendação nº 105/2023 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que orienta a atuação dos Ministérios Públicos estaduais na fiscalização de verbas destinadas ao sistema penitenciário.

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias