MPTO cobra que Detran-TO volte a aceitar novos credenciamentos de autoescolas, conforme decisão da Justiça

 

Na terça-feira, 24 , o Ministério Público do Tocantins (MPTO) entrou com um pedido na Justiça pedindo que o Detran-TO comece o quanto antes, a aceitar novos pedidos de credenciamento de autoescolas no estado. Esse pedido foi feito porque já existe uma decisão judicial obrigando o órgão a fazer isso, e até agora a ordem não foi cumprida.

O documento foi assinado pelo promotor Paulo Alexandre, que atua em Palmas. O objetivo é garantir que o Detran cumpra completamente uma sentença que já é definitiva, ou seja, não cabe mais recurso. A decisão obriga o órgão a abrir o credenciamento de novos Centros de Formação de Condutores (CFCs), sem impor prazos ou regras que dificultem a entrada de novas empresas.

Esse pedido do MPTO vem depois que a Justiça confirmou, na segunda instância, que o Detran estava agindo de forma errada ao colocar obstáculos para o credenciamento de novas autoescolas. Essa prática, segundo o Ministério Público, atrapalhava a concorrência entre as empresas e também prejudicava os consumidores que precisam do serviço.

Problema começou em 2016 com uma portaria que suspendeu o credenciamento

A situação começou lá atrás, em 2016, quando o Ministério Público abriu uma investigação para apurar irregularidades em autoescolas e também questionar uma portaria do Detran (nº 760/2015) que suspendeu o credenciamento de novos centros. Depois, em 2017, o próprio Detran revogou essa portaria e abriu parcialmente o credenciamento de novo, mas ainda com muitas restrições, o que manteve o problema.

MP levou o caso à Justiça por entender que o Detran não estava seguindo a lei

Como o Detran não voltou a credenciar de forma justa e aberta, o Ministério Público decidiu entrar com uma ação judicial. O argumento era que as regras impostas pelo Detran iam contra as normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e acabavam dificultando o acesso de novas empresas ao mercado.

Regras criadas pelo Detran eram injustas, segundo o MP

Na ação, o MP explicou que o Detran estava exigindo coisas que não estavam previstas na lei, o que feria princípios como a igualdade, a legalidade, o direito à livre concorrência, a proteção do consumidor e a obrigação do serviço público de funcionar com eficiência. O órgão defendeu que, se uma empresa cumpre todos os requisitos legais, ela tem direito de ser credenciada e o Detran não pode impedir isso por vontade própria.

A Justiça concordou com os argumentos do Ministério Público e determinou que o Detran deve abrir o credenciamento para todas as empresas que estejam dentro da lei, sem impor prazos ou limitações. A decisão vale para todo o estado e garante que qualquer interessado que atenda os requisitos possa oferecer o serviço de formação de condutores.

Decisão foi confirmada e agora o Detran tem que cumprir

O Detran ainda tentou recorrer da decisão, mas perdeu o recurso em março deste ano. Os desembargadores mantiveram por unanimidade a sentença original. Com isso, a decisão virou definitiva no fim de maio, e o órgão agora precisa cumprir o que foi determinado pela Justiça.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Com quase 10 anos de experiência em comunicação, Flávia exerceu diversas funções ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem, evoluindo para a posição de locutora de rádio, onde apresentou o programa "Sétima Arte" na Palmas FM. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), o Detran e a Secretaria da Administração (Secad). Flávia é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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