MPTO cobra pela 13ª vez cumprimento de decisão judicial sobre falta de médicos em hospital no sul do Tocantins

MPTO cobra pela 13ª vez cumprimento de decisão judicial sobre falta de médicos em hospital no sul do Tocantins
O MPTO baseia seu pedido em uma nova denúncia que aponta a ausência de obstetras em diversos dias de janeiro

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) voltou a cobrar, na quarta-feira, 29, o cumprimento de uma sentença judicial que exige a manutenção de uma equipe médica completa no setor obstétrico do Hospital Regional de Gurupi (HRG).

A decisão, que já transitou em julgado desde 2019, ainda não foi cumprida pelo Estado, que segue sem garantir a presença constante de obstetras na unidade de saúde. Essa omissão tem sido alvo de constantes reclamações, principalmente devido à relevância do hospital, que atende cerca de 180 mil pessoas de 18 municípios.

O MPTO baseia seu pedido em uma nova denúncia que aponta a ausência de obstetras em diversos dias de janeiro. Em um levantamento recente, foram registrados sete dias em que o setor de obstetrícia do HRG não teve médicos disponíveis para atender as gestantes, prejudicando a assistência às pacientes. A falta de profissionais no local compromete a segurança das gestantes e aumenta os riscos durante o parto.

Pedido de providências urgentes

Diante da situação, o MPTO solicita que o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, tome medidas imediatas para garantir que haja uma escala médica regular e contínua no setor de ginecologia e obstetrícia do hospital. A medida busca assegurar que o atendimento ocorra sem interrupções, 24 horas por dia, todos os dias da semana, de modo a evitar novos períodos de carência de profissionais.

Possíveis penalidades

Além de exigir a regularização dos plantões médicos, o MPTO alertou para a possibilidade de aplicação de multas e outras sanções caso a sentença continue a ser descumprida. Para o Ministério Público, a falta de médicos no HRG representa um risco elevado para as pacientes, que, em muitos casos, acabam sendo transferidas para o Hospital Dona Regina, em Palmas, distante 215 quilômetros, expondo gestantes e recém-nascidos a viagens longas e perigosas.

O impacto do descumprimento

A ausência de médicos obstetras no HRG tem gerado consequências graves para o atendimento das gestantes, especialmente considerando que o hospital é a única opção para muitas mulheres da região.

O não cumprimento da sentença, que já foi determinada há cinco anos, evidencia a precariedade do atendimento, forçando mulheres a serem transportadas por ambulâncias para outros centros de saúde, o que representa um risco desnecessário à saúde delas e de seus filhos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias