Nesta terça-feira (9 de julho), a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva de um jovem de 23 anos, ex-funcionário de frigorífico de Goiás, acusado de assassinar seu antigo chefe, conhecido como “Dandan”, envolvido no tráfico de drogas em Nova Olinda. O crime ocorreu em janeiro de 2023.
De acordo com os autos do processo, o acusado trabalhava como “mula” (transportador) de drogas para Dandan. Ao tentar se desvincular dessa atividade, ambos começaram a se ameaçar. No dia 22 de janeiro de 2023, em um encontro na esquina das ruas Haroldo Veloso e Porto Nacional, o acusado disparou dois tiros contra Dandan, matando-o na presença da namorada. Após o homicídio, ele fugiu para Goiás, onde conseguiu emprego em um frigorífico em Goiânia. A prisão preventiva foi decretada pela 1ª Vara Criminal de Araguaína, visando garantir a ordem pública, e o réu foi detido no Complexo Criminal de Aparecida de Goiânia.
A defesa do acusado solicitou a revogação da prisão preventiva, argumentando que ele é réu primário, possui emprego lícito e não apresenta risco à ordem pública. Alegou ainda que a mudança de estado foi motivada pelo medo de vingança da família da vítima. No entanto, o relator do caso, desembargador João Rigo, sustentou que a gravidade do crime e o risco que a liberdade do réu representa justificam a manutenção da prisão.
A decisão colegiada foi acompanhada pelos desembargadores Pedro Nelson de Miranda Coutinho e Helvécio de Brito Maia Neto, e pelas desembargadoras Angela Issa Haonat e Jacqueline Adorno de La Cruz Barbosa. Além disso, foi mantida a decisão que nega a suspensão do recambiamento do réu de Goiânia para Araguaína, onde o crime ocorreu.
Fonte: Lailton Costa – TJTO