O Estado do Tocantins deverá tomar 31 medidas diferentes para estar sanando diversas inconformidades encontradas no Hospital Regional de Araguaína (HRA). A decisão foi tomada na última quarta-feira (16), pela juíza Milene de Carvalho Henrique, da Vara de Execuções Fiscais e Ações de Saúde Pública de Araguaína.
Consta no documento que a decisão foi tomada após a análise de uma ação sobre Gestão Hospitalar iniciada pelo Ministério Público do Tocantins (MPE), e que após uma vistoria técnica foi constatado que o hospital possuía situações inadequadas tanto na estrutura, quanto na gestão e funcionamento da unidade.
Em um trecho do documento, a juíza destacou que atendeu em parte o pedido do MPE e que ainda acrescentou outras questões que foram discutidas durante uma audiência judicial, que fora realizada no dia 26 de junho deste ano, e contou com a presença do procurador-geral e corregedor-geral do Estado do Tocantins.
Entre as inconformidades encontradas foram citadas algumas, sendo elas: o cancelamento de cirurgias sem motivo; a não realização de cirurgias no período da noite; atraso na entrega dos kits dos materiais cirúrgicos; irregularidades nas escalas de plantão; limpeza do hospital irregular, dentre outras questões.
No processo foi apontado ainda outros graves problemas, como indícios de uma suposta falsificação de documentos hospitalares, onde na ocasião uma enfermeira teria falsificado a assinatura de um médico em um formulário de solicitação de internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta. A juíza determinou ainda que seja realizada perícia grafotécnica para verificação da possível fraude.
Ao todo, as 31 determinações possuem prazos definidos e penalidades em caso de descumprimento.