Em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta sexta-feira (8) em Gurupi, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve a condenação de Manoel Pereira da Silva pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. A pena imposta ao réu foi de 17 anos, sete meses e 15 dias de prisão, em regime fechado, além de três meses de detenção.
A acusação, conduzida pelo promotor de Justiça Rafael Alamy, demonstrou que Manoel assassinou sua companheira entre a terceira semana de janeiro e o início de fevereiro de 2017. Após o crime, ele teria ocultado o corpo e se passado pela vítima em redes sociais e telefonemas para enganar familiares e dificultar as investigações.
O Conselho de Sentença acolheu a tese do MPTO e aplicou a pena mais severa pelo feminicídio, agravado por ter sido praticado de forma que impossibilitou a defesa da vítima e por envolvimento de um adolescente. Além disso, Manoel foi condenado por ocultação de cadáver e fraude processual, uma vez que tentou simular que a vítima estava viva, enviando mensagens do celular dela para conhecidos.
Como o réu está foragido, a Justiça determinou sua prisão imediata e fixou uma indenização de R$ 100 mil aos familiares da vítima por danos morais.