O Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Araguaína decidiu desmembrar o julgamento de João Oliveira Santos Júnior, acusado pela morte do advogado Danillo Sandes Pereira, assassinato ocorrido em julho de 2017. A decisão foi tomada na terça-feira (24/9) após a defesa de Santos Júnior solicitar adiamento por conta da ausência de uma testemunha chave, um policial militar do Pará. O juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra acatou o pedido, com base no artigo 461 do Código de Processo Penal, que garante o direito de ouvir testemunhas indispensáveis.
O julgamento de Santos Júnior foi remarcado para o dia 3 de dezembro de 2024. Entretanto, o farmacêutico Robson Barbosa da Costa, acusado de ser o mandante do crime, permanece sendo julgado nesta semana.
Danillo Sandes, advogado em Araguaína, foi morto em 2017 por se recusar a participar de um esquema de ocultação de bens em um processo de inventário. Segundo a acusação, Robson Barbosa da Costa, envolvido no inventário, teria contratado um grupo de extermínio formado por policiais militares para executar Sandes. O crime teria sido motivado pela insatisfação de Costa com o bloqueio de bens ordenado por Sandes para garantir o pagamento de seus honorários.
Os criminosos simularam um falso encontro sobre um inventário milionário, emboscando o advogado, que foi morto com dois tiros na nuca. Seu corpo foi encontrado em uma área rural próxima à Rodovia TO-222.
Em 2022, dois participantes do crime já haviam sido condenados. Rony Marcelo Alves Paiva, cabo da Polícia Militar, foi sentenciado a 25 anos de prisão, enquanto Wanderson Silva de Sousa recebeu pena de 26 anos. Ambos foram condenados em regime fechado, com perda de cargos públicos.
O julgamento de Robson Barbosa da Costa segue em andamento, com previsão de conclusão ainda nesta semana.
Fonte: Lailton Costa, TJTO