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Especialistas alertam sobre a importância da proteção na primeira infância durante a Semana Nacional de Prevenção da Violência

Publicado por
Flávia Ferreira

 

A Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância acontece anualmente de 12 a 18 de outubro. Esta semana destaca a importância de todos na luta contra os diversos tipos de abuso e maus-tratos às crianças. Os serviços de saúde são essenciais para detectar sinais de violência.

De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira infância abrange desde a concepção até os seis anos de idade. Esse período é crucial para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, onde fatores genéticos e ambientais se influenciam constantemente.

Camila Coelho, do Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de Violência (SAVI) do Hospital Geral de Palmas, afirma que toda criança tem o direito de crescer em segurança e saúde. “É direito de toda criança crescer com segurança e saúde em todas as esferas: física, mental, emocional e social.  Na primeira infância o cuidado com casos de violência deve ser ainda maior, pois nessa idade, elas ainda não sabem expressar o que estão sentindo ou interpretar o que aconteceu, o que torna mais difícil identificar agressões. Além disso, quanto mais cedo começar e quanto mais tempo durar a exposição a abusos, mais graves os danos”.

Sinais de alerta

Camila Coelho, lista alguns sinais que profissionais de saúde devem observar:

  • Choro e irritação sem motivo.
  • Indiferença ou tristeza constante.
  • Atraso no desenvolvimento ou perda de habilidades.
  • Dificuldades para se alimentar, incluindo recusa de comida.
  • Distúrbios do sono.
  • Erupções cutâneas frequentes, sem explicação.
  • Dificuldades em socializar e tendência ao isolamento.
  • Ansiedade ou medo em relação a certas pessoas ou situações.

Assistência disponível

O HGP é um centro referência para atender crianças vítimas de violência em Tocantins. O SAVI possui uma equipe de 25 profissionais, incluindo assistentes sociais, psicólogos e médicos, que trabalham 24 horas para atender casos de emergência.

Verônica Araújo, assistente social do SAVI, explica que a equipe acolhe as vítimas, realiza exames e fornece medicações conforme necessário, além de notificar as autoridades competentes e conectar as crianças a outros serviços, como o Conselho Tutelar.

Dados importantes

De janeiro a agosto de 2024, o SAVI registrou 3.353 atendimentos a crianças em situação de violência nos hospitais estaduais do Tocantins, sendo 2.283 casos de violência sexual. Outros tipos de violência incluem violência psicológica, física, negligência, abandono e violência doméstica.

Como denunciar

Se você suspeitar que uma criança ou adolescente está sofrendo violência, algumas ações podem ajudar:

  • Denuncie: não tenha medo de fazer uma denúncia. O Disque 100 permite denúncias anônimas e é gratuito.
  • Apoie a vítima: não culpe a criança.
  • Demonstre que ela não está sozinha.
  • Acredite no que a criança diz, especialmente em casos de abuso sexual.
  • Deixe a criança expressar seus sentimentos.
  • Incentive a busca por ajuda profissional.
Flávia Ferreira

Com quase 10 anos de experiência em comunicação, percorri diversas funções ao longo da minha trajetória profissional. Iniciei como arquivista de texto e imagem, evoluindo para a posição de locutora de rádio, onde apresentei o programa "Sétima Arte" na Palmas FM. Ao longo do tempo, expandi minha atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), o Detran e a Secretaria da Administração (Secad). Atualmente cursa Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT

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Flávia Ferreira