A Associação dos Catadores de Coleta Seletiva de Porto Nacional vivenciou um dramático revés após um incêndio devastador arrasar suas instalações e equipamentos, causando um prejuízo estimado em R$ 1 milhão. O fogo, que eclodiu após altas temperaturas, consumiu não apenas as máquinas pesadas, mas também a esperança de 37 famílias que dependiam dos resíduos recolhidos. Contudo, em um gesto de apoio à comunidade, o Poder Judiciário mobilizou-se para fornecer auxílio imediato e doou 500 kg de alimentos na terça-feira, 30 de agosto.
O presidente da Associação, Vilcenir Brito Barbosa, previa um novo horizonte quando a primeira grande venda sem intermediários estava prestes a acontecer. Sobretudo, uma empresa de São Paulo estava interessada em adquirir os produtos a um preço vantajoso para ambas as partes – entre R$ 4,5 e R$ 6 por quilo moído, correspondendo a cerca de seis bags, recipientes amplamente utilizados para o armazenamento seguro de diversos materiais.
Entretanto, a esperança deu lugar à consternação quando o incêndio irrompeu nas instalações da associação, consumindo o terreno e as máquinas que representavam a subsistência das famílias envolvidas. Com a fumaça e as chamas, a alegria transformou-se em apreensão, o que desencadeou uma resposta rápida por parte do Poder Judiciário.
Através de sua campanha solidária, o Judiciário não apenas mostrou seu comprometimento com a comunidade afetada, mas também deu um passo à frente para coordenar a ajuda emergencial. Aproximadamente 500 kg de alimentos foram disponibilizados para os membros da associação, atenuando, de certa forma, o impacto causado pelo desastre ambiental e social.
O desembargador Ângela Prudente, acompanhado pela equipe da Coordenadoria de Gestão Socioambiental e Responsabilidade Social (Cogersa), testemunhou de perto a devastação causada pelo incêndio. “Temos aqui ainda 37 famílias que auferiam renda através dos resíduos que eram coletados e que estão agora passando por dificuldades”, ressaltou a desembargadora, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).
A mobilização não se limita apenas à doação de alimentos. A desembargadora destacou o compromisso em estender o auxílio, sensibilizando outras instituições que integram a Rede TO Sustentável, visando um apoio abrangente nesse momento crítico.
A campanha de arrecadação de alimentos promovida pelo Poder Judiciário continua por mais 30 dias, recebendo contribuições tanto de entidades parceiras quanto de pessoas físicas. Itens de higiene pessoal e alimentos não perecíveis (exceto sal) são bem-vindos. Com uma caixa de coleta instalada no hall de entrada da sede do TJTO e no Fórum de Porto Nacional, as doações podem ser feitas com facilidade, evidenciando a solidariedade que une a comunidade em tempos de adversidade.