Nesta sexta-feira, 30 , a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão em Palmas, Tocantins, contra suspeitos de vazarem informações sigilosas relacionadas a operações policiais. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e faz parte da 9ª fase da Operação Sisamnes.
As investigações apontam que os suspeitos tinham acesso antecipado a detalhes de operações policiais, o que prejudicava a efetividade das medidas judiciais planejadas. Além disso, a PF apura se um dos investigados, que já está preso por fases anteriores da operação, recebeu privilégios ilegais.
Dois dos alvos desta fase tiveram seus passaportes apreendidos e receberam ordens para não sair do país nem manter contato entre si, como forma de evitar interferências nas investigações.
Contexto da Operação Sisamnes
A Operação Sisamnes investiga crimes como obstrução da justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva. Em março deste ano, uma fase anterior resultou na prisão do advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, que, embora citado, não é alvo da operação.
Rede clandestina de vazamento de informações
Segundo a Polícia Federal, foi descoberta uma rede ilegal que monitorava, comercializava e repassava informações sigilosas sobre investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O vazamento dessas informações comprometia o andamento das operações policiais.