A Polícia Civil do Tocantins, por meio de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR) de Araguaína, elucidou um caso grave ocorrido em 29 de outubro de 2018 no Setor Maracanã, indiciando um dos suspeitos por roubo majorado e estupro.
Segundo o delegado-chefe da DRR, Felipe Crivelaro, o ataque aconteceu por volta das 20h, quando dois homens, sendo um armado, invadiram a casa onde a moradora e seu filho adolescente se preparavam para dormir.
Inicialmente investigado por uma delegacia distrital, o caso foi transferido para a unidade especializada em roubos devido à gravidade, envolvendo ameaça grave e violência sexual.
A autoridade policial relatou que a mulher contou ter sido surpreendida enquanto estava deitada, quase dormindo, e percebeu que seu filho já havia sido rendido no chão da sala pelos invasores.
Os criminosos entraram pelos fundos da residência. A vítima descreveu ter visto uma arma pesada, possivelmente um revólver calibre .38, com cabo preto e cano cromado, porém sujo ou enferrujado, apontada diretamente para seu rosto.
Violência e sequestro
A mulher e o adolescente, então com 15 anos, tiveram as mãos amarradas com cadarços de tênis. Enquanto um dos suspeitos vasculhava a casa, o outro permaneceu no quarto com a mulher e a obrigou a tirar a roupa, mantendo relação sexual forçada.
Retomada da investigação
De acordo com o delegado Fellipe Crivelaro, após sete anos sem avanços, a investigação foi retomada pela DRR. “Usando técnicas de investigação telemática, foi possível individualizar o indivíduo de iniciais V.C.M. (na época, com 19 anos), como sendo o coautor”, explicou.
Depoimento do suspeito
Durante o interrogatório, V.C.M. relatou que, no momento em que o comparsa iniciou o estupro, “decidiu ir para o lado de fora da casa e aguardar, pois não queria ver aquela cena. Do lado de fora, ouvia a vítima gritando e o seu filho chorando enquanto assistia a mãe sendo estuprada na sua frente”. Questionado sobre por que não impediu o ato, V.C.M. disse que o comparsa estava armado e era perigoso.
Indiciamento
Com base nos fatos, o homem foi indiciado por roubo triplamente majorado e pelo crime de estupro, na condição de garantidor. Segundo Crivelaro, “a partir do momento em que ele criou o risco proibido amarrando as vítimas, ele se tornou penalmente responsável por impedir o resultado, e não o fez”.
Continuidade das apurações
O comparsa ainda não foi identificado, mas a Polícia Civil seguirá com as investigações. “Com a identificação desse indivíduo, a Polícia Civil, através da DRR, dá mais um passo significativo para elucidar todo esse crime bárbaro que chocou a população, pela maneira como foi praticado. Com a intensificação das diligências investigativas, esperamos identificar o segundo autor em breve”, disse.