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Sargento da PM e outros indivíduos são presos por esquema de comércio ilegal de armas em Araguaína; detalhes da investigação, apreensões e desdobramentos

Segundo informações da polícia, o esquema de comércio ilegal de armas envolvia a venda clandestina de armas originalmente registradas como CAC. Para encobrir suas atividades, os suspeitos reportavam falsos roubos ou furtos das armas através de boletins de ocorrência

 

Nessa quarta-feira, 3 , a Polícia Civil de Araguaína realizou a Operação Clandestino com o objetivo de desmantelar um esquema de comércio ilegal de armas que operava na região. O segundo-sargento da Polícia Militar, Joemil Miranda da Cunha, foi um dos principais alvos da operação, juntamente com outros treze indivíduos sob investigação.

Segundo informações da polícia, o esquema de comércio ilegal de armas envolvia a venda clandestina de armas originalmente registradas como CAC. Para encobrir suas atividades, os suspeitos reportavam falsos roubos ou furtos das armas através de boletins de ocorrência. Dos 14 investigados, quatro encontram-se sob custódia preventiva, incluindo o segundo-sargento Joemil Miranda da Cunha. 

Sargento da PM e outros indivíduos são presos por esquema de comércio ilegal de armas em Araguaína; detalhes da investigação, apreensões e desdobramentos
O segundo-sargento da Polícia Militar, Joemil Miranda da Cunha, foi um dos principais alvos da operação. Foto: Redes Sociais

 

O INÍCIO 

As investigações tiveram início em outubro de 2023, quando um dos suspeitos registrou um boletim de ocorrência online alegando o furto de duas armas e munições. Mas, a Polícia Civil constatou que isso não ocorreu e que o registro foi feito de maneira fraudulenta. Na verdade, as armas foram vendidas no mercado ilegal.

Após esse acontecimento, as equipes policiais conseguiram encontrar mais casos de armas reportadas como furtadas, que, na verdade, foram incluídas em um esquema de venda ilegal. O mesmo indivíduo sob investigação também teria feito outro registro de roubo de arma em 2022.

Durante a análise do celular do suspeito, a polícia descobriu que a arma roubada teria sido vendida por R$ 4 mil. Também foram identificadas outras pessoas suspeitas de estarem envolvidas em negociações irregulares de armas

CUMPRIMENTO DE MANDADOS E APONTAMENTOS DA INVESTIGAÇÃO

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços, incluindo os clubes de tiro frequentados pelos envolvidos. Investigações apontam que o esquema contava com a participação de atiradores esportivos, que vendiam suas armas no mercado paralelo para, em seguida, reportarem falsos roubos ou furtos através de boletins de ocorrência.

APREENSÕES E PRISÕES

A Polícia Civil não detalhou qual seria o papel do segundo-sargento no suposto esquema, enquanto a Polícia Militar afirmou ter tomado medidas preliminares para apurar internamente o caso. Durante as diligências, um considerável arsenal, composto por diversas armas e munições de dez diferentes calibres, foi apreendido pela Polícia Civil, que deteve quatorze pessoas sob suspeita de envolvimento, resultando na prisão de quatro delas. Entre os alvos investigados, também foram identificados um empresário e um agente administrativo do sistema penal.

Além das apreensões de armas e munições, celulares foram recolhidos para perícia, e o sigilo bancário dos investigados foi quebrado. Os extratos bancários e outros documentos serão analisados em uma próxima etapa da investigação.

O delegado responsável pela operação destacou a preocupação com o comércio ilegal de armas, ressaltando que estas acabam nas mãos de criminosos, aumentando o risco de confrontos armados com as forças policiais.

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