Em uma iniciativa voltada para a reinserção social de adolescentes em medida de semiliberdade, o Sistema Socioeducativo do Tocantins tem firmado parcerias com instituições públicas e privadas, buscando inserir esses jovens no mercado de trabalho formal. Os esforços conjuntos resultam em benefícios evidentes, como a redução da reincidência criminal e menor custo para o Governo.
Cumprindo a medida de semiliberdade, a maioria desses adolescentes encontra no Programa Jovem Trabalhador, promovido pelo Governo do Tocantins em colaboração com a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), a porta de entrada para o primeiro emprego. A articulação é realizada pelos agentes especialistas socioeducativos das Unidades em todo o estado, contando também com a participação direta das famílias desses jovens.
Mais oportunidade, menor reincidência e menor custo para o Governo
Em depoimento, um dos adolescentes da Unidade de Semiliberdade (USL) masculina de Palmas, que cursa o primeiro ano do Ensino Médio, expressa a importância do trabalho dentro do Sistema Socioeducativo. “Tá ajudando minha família lá em casa na despesa pra quando eu sair daqui, tá trabalhando, tá empregado. E é muito importante pra mim, porque eu consigo meu dinheiro suado, aprendo muito e tenho uma renda né, pra mim no futuro tá investindo nela”, afirmou satisfeito.
Na USL masculina de Araguaína, 100% dos internos iniciaram o ano empregados na iniciativa privada. Além disso, a USL masculina de Araguaína conta com cinco adolescentes formalmente empregados em órgãos públicos e instituições privadas, com direitos trabalhistas garantidos. Na USL feminina de Palmas, uma adolescente de 15 anos também conquistou uma vaga em uma instituição privada.
Davi Borba, um dos responsáveis pelas USLs, destaca a importância do trabalho conjunto entre o Governo do Tocantins e as equipes das unidades socioeducativas. “É um trabalho muito importante que junta esforços do Governo do Tocantins e das equipes das unidades socioeducativas empenhadas em ajudar os adolescentes e suas famílias que precisam e querem mudança de vida, porque quem quer trabalhar quer mudança”, ressaltou.
A mãe de um dos adolescentes, dona M.F.S.C., expressou sua gratidão pelo trabalho do filho e a oportunidade proporcionada pelo projeto. “Ele já tinha trabalhado em alguns lugares, mas é a primeira vez fichado, então acredito que isso vai mudar bastante no pensamento dele e vai começar a pensar, a refletir, a ter valor pelas coisas”, afirmou, destacando a importância do emprego formal na transformação de perspectivas de vida.