A Polícia Civil do Tocantins está em busca de Ariovaldo Moreno Neto, de 35 anos, apontado como integrante de uma organização criminosa com atuação interestadual. Ele é investigado por tráfico de drogas, associação para o tráfico e por integrar grupo criminoso estruturado. Qualquer pessoa que tenha informações sobre seu paradeiro pode entrar em contato, de forma anônima, com a 8ª DEIC de Gurupi pelo telefone ou WhatsApp: (63) 3312-4579.
As investigações conduzidas pela 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Gurupi) começaram em 2022. Desde então, a equipe mapeou a atuação de um grupo que estaria envolvido em diversos crimes. Um dos investigados já foi preso no último dia de 2023, na cidade de Salinópolis, no Pará. Ele era procurado por um homicídio ocorrido em maio de 2022, em Gurupi.
No dia 3 de julho de 2024, a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da Operação “1ª Coríntios 15:33”, com o objetivo de desarticular a facção. Foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão, 13 de prisão preventiva, além da interdição de um espaço de eventos e do bloqueio de contas bancárias.
A ação policial ocorreu em nove cidades de cinco estados: Tocantins (Gurupi, Palmas, Peixe e Figueirópolis), Goiás (Goiânia, Anápolis e Águas Lindas), Santa Catarina (Camboriú), Pará (Belém) e Maranhão (Imperatriz). Foram presas dez pessoas preventivamente, seis em flagrante e outras oito em decorrência de investigações anteriores.
Durante as buscas, a polícia apreendeu armas, inclusive de uso restrito, drogas, veículos, documentos e materiais usados pela organização. Um salão de festas, suspeito de ser usado para lavar dinheiro do tráfico, foi embargado.
Esquema de lavagem de dinheiro por familiares levou à segunda fase
A segunda fase da operação aconteceu em 21 de janeiro deste ano. O foco foi o braço financeiro do grupo, que continuava movimentando dinheiro por meio de contas bancárias em nome de familiares de integrantes já presos. Foram cumpridos oito mandados judiciais contra pessoas ligadas ao esquema, incluindo esposas e parentes diretos de investigados.
De acordo com o delegado Rafael Falcão, uma das mulheres monitoradas passou a movimentar valores expressivos mesmo sem possuir renda formal. “Mesmo após a 1ª fase, alguns dos suspeitos, principalmente mulheres, realizaram muitas movimentações por meio de depósitos, saques, transferências fracionadas e contas de passagem. Essa estratégia tinha como objetivo dificultar o rastreamento do dinheiro. Sendo assim, solicitamos a prisão de uma das suspeitas após constatarmos que, mesmo desempregada, e com o marido preso após a primeira fase da operação, ela continuava movimentando quantias significativas”.
Ariovaldo continua foragido e polícia pede apoio da população
Apesar das ações, Ariovaldo Moreno Neto segue foragido. Segundo a polícia, ele seria um dos alvos da segunda fase, mas não foi localizado. Com a conclusão das investigações, ele foi formalmente indiciado, mas ainda não se apresentou.
A Polícia Civil reforça que qualquer informação pode ser útil e será checada com sigilo absoluto. “A investigação foi concluída e ele foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e integrar organização criminosa. No entanto, permanece foragido. Mas esperamos que, com a divulgação de sua imagem, a população nos auxilie a encontrá-lo. Qualquer informação, por mais simples que seja, será averiguada e é importante lembrar que o anonimato é garantido”, finalizou o delegado.