O Ministério Público Estadual (MPTO) lançou uma acusação formal contra um técnico de futebol, agora réu perante a Justiça, sob a suspeita de praticar uma série de crimes sexuais que vitimaram crianças e adolescentes. O indivíduo exercia a função de treinador da equipe sub-12 de um clube amador local, uma posição de confiança que teria sido utilizada como porta de entrada para a concretização de seus atos.
As acusações, articuladas pela promotora de Justiça Patrícia Bontempo, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Araguaína, revelam um padrão de conduta. O técnico denunciado teria se valido da credibilidade depositada por pais e responsáveis para aproximar-se das vítimas e consumar os abusos. A gravidade dos delitos imputados é: estupro de vulnerável, aliciamento para prostituição infantil e posse de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
A investigação desvendou um cenário, com a identificação de três vítimas, todas com idade inferior a 14 anos. Em seus relatos, as crianças descreveram episódios de abuso ocorridos em momentos distintos. A instrução processual aponta para a tática utilizada pelo treinador, que supostamente oferecia presentes, quantias em dinheiro e objetos de valor com o objetivo de obter favores sexuais.
A denúncia é ainda mais robusta com a descoberta, no aparelho celular do investigado, de vídeos e imagens de pornografia infantil, além de registros de conversas que escancaram suas investidas e as ameaças proferidas contra as vítimas.
Prisão preventiva
O acusado encontra-se detido preventivamente, aguardando o desenrolar do processo judicial. As condutas criminosas investigadas ocorreram entre os anos de 2024 e 2025, e paira a suspeita de que o número de vítimas possa ser ainda maior.
Pedido do MPTO
Diante da seriedade dos crimes investigados, o Ministério Público pede que, caso haja outras vítimas ou pessoas com informações relevantes, entrem em contato o quanto antes com o próprio MP ou com a Polícia Civil.
