Um homem de 60 anos foi condenado a mais de 14 anos de prisão por tentar matar a ex-namorada. O julgamento ocorreu na sexta-feira, 29 , no Tribunal do Júri de Paraíso do Tocantins. Ele já estava preso preventivamente desde dezembro de 2024.
De acordo com a delegada Jeannie Daier de Andrade, que conduziu o inquérito, o homem tentou simular um acidente para matar a vítima. “O suspeito perseguiu a vítima que estava em sua motocicleta com uma amiga e tentou atropelá-las com sua caminhonete. Ele simulou um acidente e evadiu-se. Na sequência, retornou ao local e prestou socorro à vítima, levando-a ao hospital e dando entrada como seu próprio acompanhante”, explicou.
O atropelamento aconteceu em uma área isolada, sem câmeras. Inicialmente, equipes de socorro trataram como acidente. Porém, a filha da vítima, que mora fora do país, relatou que a mãe vinha sendo ameaçada pelo ex-namorado. A denúncia foi levada à polícia por uma advogada.
Quando recobrou a consciência, a vítima confirmou as ameaças. A Polícia Civil pediu medidas protetivas e a prisão do suspeito, concedidas pela Justiça.
Histórico de violência
Durante a investigação, a polícia descobriu que em 2011 o homem já havia atropelado a ex-esposa, alegando acidente. O caso foi registrado como lesão corporal. Além da pena de prisão, ele foi condenado a pagar indenização de R$ 50 mil para a ex-namorada e R$ 50 mil para a amiga dela, que também foi atropelada.
Para a delegada Jeannie Daier, a prisão preventiva foi essencial para o desfecho do caso. “A prisão preventiva do suspeito, no mês seguinte ao crime, foi essencial para garantir que o processo pudesse correr de forma célere e sem novas tentativas de interferência. A vítima agora pode se sentir mais segura, sabendo que o responsável está cumprindo uma pena e impossibilitado de entrar em contato com ela”, afirmou.