Uma trágica e macabra descoberta chocou os moradores do distrito de Ouro Verde, em Campinas. Uma idosa de 80 anos, cuja identidade não foi revelada, passou três dias dormindo ao lado do corpo do marido, Hélio de Noronha, de 64 anos, sem ter consciência de que ele estava morto. O caso, que levanta muitas questões, está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo.
A filha de Hélio, Graziela, tornou a situação pública ao denunciar o ocorrido ao portal local Barba Azul, expressando desconfiança em relação à versão apresentada pela madrasta. De acordo com Graziela, o filho da madrasta entrou em contato na segunda-feira, dia 12, comunicando o falecimento de Hélio.
“Ele não soube explicar [como meu pai morreu], dizendo que o corpo do meu pai já estava em um estado avançado e que sua esposa tinha dormido junto com ele nos últimos três dias”, relatou Graziela.
A filha suspeita das circunstâncias em que o pai foi encontrado: deitado, vestindo calça jeans e uma blusa de frio. “Quem conhece meu pai sabe que ele vivia apenas de bermuda, camiseta e chinelo”, afirmou Graziela.
Além disso, ela mencionou que o rosto de seu pai apresentava sinais de agressão, embora não possa afirmar quem teria sido o responsável.
Graziela também não consegue entender como demoraram tanto tempo para perceber a morte. “Quando chegamos lá na segunda à noite, o odor era muito forte. Ao chegar ao portão, o cheiro já invadiu a sala. Quando abri a porta do quarto, estava insuportável. Como alguém pode dormir ao lado de um idoso e não perceber que ele está morto?”, questionou indignada.
O corpo de Hélio foi enterrado em um caixão lacrado. Segundo Graziela, a madrasta não compareceu ao funeral.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sendo investigado pelo 9º Distrito Policial de Campinas. “Laudos periciais foram solicitados e estão em processo de elaboração. Assim que forem concluídos, serão analisados pela autoridade policial. As diligências continuam em andamento para esclarecer os fatos”, declarou em nota.
