Ex-servidora de unidade prisional é indiciada por corrupção, estelionato e ameaças contra presos e colegas

 

A Polícia Civil finalizou o inquérito que investigava uma mulher de 58 anos por diversos crimes cometidos enquanto ela trabalhava como servidora comissionada na Unidade Prisional de Paraíso, no segundo semestre de 2024. A apuração faz parte da Operação Profanum, que começou em fevereiro de 2025, quando a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão.

Segundo o delegado José Lucas Melo, responsável pela investigação, a mulher atuava nas áreas de saúde e assistência social dos presos e aproveitava a função para obter vantagens indevidas. Mais de 20 pessoas foram ouvidas durante a investigação, que revelou várias condutas ilegais.

Entre os atos descobertos, estão:

  • Cobrança de dinheiro de presos e seus familiares;

  • Apropriação de bens e valores entregues por parentes;

  • Retenção de medicamentos como forma de punição;

  • Ameaças contra presos e colegas de trabalho.

Diante das provas, a mulher foi indiciada pelos seguintes crimes:

  • Corrupção passiva: por pedir vantagens em troca de favores;

  • Peculato e estelionato: por ficar com bens e dinheiro dos presos;

  • Exposição da vida ou saúde de terceiros: por negar medicamentos como forma de retaliação;

  • Constrangimento ilegal: por ameaçar quem a denunciasse.

Envolvimento de outros profissionais

Durante as investigações, a polícia descobriu que a servidora também teria pedido atestados médicos falsos. Por isso, dois profissionais da área da saúde uma mulher de 35 anos e um homem de 34 também vão responder por suas ações.

Polícia Penal e Secretaria de Justiça ajudaram nas apurações

O delegado destacou que a Polícia Penal e a Secretaria de Cidadania e Justiça deram apoio à investigação desde o início, o que ajudou a esclarecer os fatos com mais rapidez.

Agora que o inquérito foi concluído, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que vão analisar e tomar as medidas cabíveis.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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