A Polícia Civil concluiu, nessa quinta-feira, 27, a investigação sobre as mensagens de ameaças de morte enviadas para uma moradora de Paraíso. A mulher, de 28 anos, começou a receber recados assustadores de números desconhecidos, com detalhes da rotina dela, o que aumentou ainda mais o pânico.
Segundo o delegado José Lucas Melo, o criminoso usava perfis anônimos justamente para deixar a vítima com medo constante.
Sem saber mais o que fazer, a mulher procurou a Polícia Civil. A equipe da 63ª Delegacia começou as investigações e, depois de aprofundar as buscas, descobriu que o autor das ameaças era um homem de 49 anos, com quem a vítima tinha se relacionado por pouco tempo meses atrás.
De acordo com o delegado, o homem não aceitava o fim do relacionamento. Por isso passou a mandar mensagens cheias de intimidação, tentando assustar a vítima e atrapalhar que ela seguisse com a própria vida.
Depois de ser identificado, o suspeito foi ouvido na delegacia. Num primeiro momento, negou tudo, mas quando percebeu que os investigadores tinham provas suficientes, confessou e disse estar arrependido.
Indiciamento e próximos passos
O inquérito foi concluído com o indiciamento do homem pelo crime de ameaça contra mulher, conforme a Lei Maria da Penha. Agora, o caso segue para o Judiciário e para o Ministério Público, que vão decidir sobre as próximas medidas.
Alerta para outras mulheres
O delegado José Lucas reforçou que situações como essa precisam ser denunciadas o quanto antes. “Ao primeiro sinal de que a vítima esteja sofrendo qualquer tipo de ameaça, intimidação ou mesmo tentativa de extorsão, a vítima deve procurar imediatamente a Polícia Civil para que possamos tomar as medidas necessárias, identificando o agressor e rompendo o ciclo da violência”, frisou.
Ele também lembrou da importância de guardar provas. “As mulheres devem ficar atentas e denunciar as ameaças, sejam elas de qualquer natureza, feitas pessoalmente ou por meio da internet. Além disso, elas não devem nunca hesitar em denunciar a Polícia Civil desde o primeiro momento em que as condutas criminosas tiveram início, no sentido de evitar um desfecho ainda mais grave”, reforçou.








