Pecuarista é condenado a quase 15 anos por atacar médico com mais de 15 tiros e ferir técnica em enfermagem dentro de UBS

Pecuarista é condenado a quase 15 anos por atacar médico com mais de 15 tiros e ferir técnica em enfermagem dentro de UBS
Foto: Divulgação

 

O Tribunal do Júri da Comarca de Pedro Afonso condenou, nessa terça-feira, 11, o pecuarista Lincoln Abrunhoza de Rezende Souza, de 67 anos, pelos crimes de tentativa de homicídio contra o médico Ricardo Magno de Miranda e por lesão corporal grave contra a técnica em enfermagem Berenice Pereira Bequiman Silva.  A pena definida pelo juiz Milton Lamenha de Siqueira é de 14 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, em regime inicial fechado.

De acordo com o processo, o crime ocorreu em 24 de novembro de 2021, em Santa Maria do Tocantins. Na data, o réu estava nas proximidades de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) armado com duas armas de fogo, um facão e uma balestra equipamento capaz de disparar flechas.


Ainda segundo os autos, o pecuarista disparou mais de 15 vezes contra o médico, que conseguiu se proteger ao correr para dentro do prédio. A técnica em enfermagem foi atingida por um tiro na mão enquanto tentava se abrigar em uma sala.

Motivação e crimes conexos

O processo aponta que o ataque teria sido motivado por ciúmes do contato da esposa do réu com o médico, sob a alegação de um atendimento considerado insatisfatório.  Além das agressões, Lincoln também respondia por desacato e ameaça a policiais que atuaram na ocorrência.

Decisões dos jurados

Durante o julgamento realizado nesta quinta-feira, 13, os jurados reconheceram a autoria e a gravidade dos crimes.
O réu foi condenado por tentativa de homicídio qualificado, com reconhecimento de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Em relação à técnica de enfermagem, o Conselho de Sentença desclassificou a acusação e entendeu que o caso se enquadra como lesão corporal grave.

O pecuarista foi absolvido das acusações de ameaça e desacato.

Justificativa da pena

Ao definir a pena, o juiz Milton Lamenha considerou a “culpabilidade acentuada” do réu, destacando a premeditação, o forte poder de fogo levado ao local e o fato de o ataque ter ocorrido em um espaço público onde havia crianças, o que aumentou o risco coletivo.  Ele também mencionou os impactos psicológicos causados às vítimas.

Regime fechado e reparação

O condenado deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade.
O juiz também determinou o pagamento de R$ 10 mil em danos morais às vítimas e ordenou que todo o armamento apreendido seja encaminhado ao Exército para destruição.

A defesa ainda pode recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Tocantins.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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