Pastor é sentenciado a mais de 13 anos de prisão por estupro e abusos sexuais de adolescentes com uso de fraude religiosa

O processo judicial indica que as vítimas incluem sete meninos e três meninas, embora haja indícios de que possam existir mais vítimas além das já identificadas

 

Um pastor evangélico foi sentenciado a 13 anos e seis meses de reclusão por ter cometido abusos contra adolescentes em Guaraí, localizada na região centro-norte do estado. Ele foi responsabilizado pelos crimes de estupro, ato libidinoso e conjunção carnal mediante fraude religiosa ou abuso de autoridade. A pena imposta deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.

Conforme informações do Ministério Público Estadual (MPTO), o homem se apresentava como ‘líder espiritual’ e utilizava essa posição para perpetrar os abusos. O processo judicial indica que as vítimas incluem sete meninos e três meninas, embora haja indícios de que possam existir mais vítimas além das já identificadas.

Procedimentos abusivos e manipulação 

Testemunhas relataram que o pastor era procurado pelos membros da igreja para discutir questões relacionadas a abuso infantil, pornografia e masturbação. Para isso, ele realizava um chamado ‘procedimento para libertação dos pecados’, durante o qual tocava as partes íntimas das vítimas sem consentimento. Além disso, enviava orientações para a suposta libertação dos pecados, conforme relatado pelo MP.

Uso de linguagem manipulativa 

Nos depoimentos das testemunhas que fundamentaram a denúncia do MPE, o réu utilizava expressões como ‘expelir um demônio’ e o ‘espírito da masturbação’ em relação aos adolescentes, alegando ser um ‘pai espiritual’ para justificar suas ações abusivas. Essa situação foi considerada como uma forma de estelionato religioso.

Processo judicial e possibilidade de outras vítimas 

A denúncia foi apresentada à Justiça pela 1ª promotoria de Guaraí em abril deste ano. O julgamento ocorreu em 22 de outubro de 2024, com a sentença sendo divulgada nessa terça-feira, 12. Para o MPE, há a possibilidade de que o réu tenha cometido abusos contra mais vítimas. O caso está sendo tratado em segredo de justiça.

 

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