A Justiça do Tocantins condenou quatro integrantes de uma organização criminosa de São Paulo a um total de 66 anos de prisão por aplicar golpes financeiros por meio de um aplicativo de troca de mensagens. Os criminosos utilizavam dados das vítimas para se passarem por administradores de consórcios e realizar transferências bancárias fraudulentas.
O golpe e a condenação
A fraude ocorreu em 27 de junho de 2024, quando a vítima, de um consórcio legítimo, recebeu uma mensagem por um aplicativo de mensagens. Os criminosos se passaram por representantes da administradora e informaram que a mulher havia sido contemplada com R$ 3.000,00 e que precisava realizar um procedimento para resgate do seu benefício. Após simularem a transferência, a vítima informou que não tinha recebido o valor, os criminoso enviaram um link com a justificativa de que a vítima deveria acessar para confirmar seus dados bancários e receber a transferência do consórcio. No entanto, ao acessar o link e seguir as orientações, a vítima teve seu dinheiro transferido para a conta dos golpistas.
Durante o julgamento, o juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da Comarca de Augustinópolis, destacou que os réus estavam organizados para cometer os crimes de forma premeditada, utilizando tecnologia para enganar e fraudar as vítimas. Além das penas de prisão, a Justiça também determinou que os criminosos devem pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil à vítima.
Medidas adicionais contra os criminosos
Na decisão, o magistrado determinou o encaminhamento para todas as redes sociais que atuam no Brasil a ordem para bloquear todos os perfis criados pelos réus, informando nome e qualificação dos envolvidos; que seja oficiado o Banco Central do Brasil para que haja o bloqueio imediato de todas as contas bancárias dos réus, bem como junto às facilitadoras de pagamentos para impedir a continuidade delitiva; que sejam oficiadas todas as operadoras de telefonia móvel para o bloqueio de todos os números em nome dos réus; e que sejam bloqueado, junto ao Telegram e WhatsApp, todas as contas vinculadas aos sentenciados.
O caso ganhou repercussão na região de Augustinópolis, no Tocantins, e reforça a importância da prevenção e conscientização sobre fraudes eletrônicas. A Justiça e o Ministério Público continuam alertando a população sobre a importância de verificar a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de transação financeira online, evitando cair em golpes cada vez mais sofisticados.