Justiça anula cassação do mandato de vice-prefeito de Formoso do Araguaia; vice alega nunca ter assumido oficialmente o cargo

Prefeitura de Formoso do Araguaia

 

O Poder Judiciário proferiu uma decisão importante nessa segunda-feira, 27, ao anular o mandato do vice-prefeito de Formoso do Araguaia, Israel Borges Nunes (Republicanos). Essa determinação coloca Israel Borges em iminência de assumir o cargo de prefeito do município, que desde o início de maio estava sob a liderança do presidente da Câmara de Vereadores.

Heno Rodrigues da Silva (UB), prefeito, e seu vice tiveram seus mandatos cassados no início de maio por supostas infrações político-administrativas e crime de responsabilidade relacionado a um contrato de transporte escolar. Mas, a recente decisão do Tribunal de Justiça (TJ) não afeta o prefeito, cujo mandato permanece cassado.

A ARGUMENTAÇÃO DA DEFESA

Vice-prefeito Israel Borges. Foto: Arquivo Pessoal

 

Em sua apelação, a defesa de Israel Borges argumentou que o vice não pode ser responsabilizado por infrações político-administrativas ligadas ao caso, uma vez que nunca oficialmente assumiu o cargo de prefeito.

A DECISÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Segundo o pronunciamento emitido pelo desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, a Justiça determinou que o vice-prefeito não exerceu a prefeitura durante a ausência do prefeito Heno Rodrigues.

O desembargador ressaltou que, embora a legislação amplie os procedimentos relativos aos crimes de responsabilidade do vice-prefeito, isso se aplica apenas quando ele está no exercício do mandato de prefeito, mesmo após o término da substituição.

O CENÁRIO DA DECISÃO

O pedido de destituição surgiu a partir de indícios investigados pela Polícia Federal (PF) durante a operação Rota Dubai, que investiga desvios de recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar.

Durante a operação, realizada em janeiro de 2024, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências do prefeito e do vice. Na ocasião, Henor Rodrigues e Israel Borges foram detidos por posse ilegal de arma de fogo.

O contrato em questão, firmado em 2022, tem o valor de R$ 2.203.260,64. A operação também investiga se servidores estariam utilizando sua influência com empresários para obter vantagens.A sessão extraordinária para cassação ocorreu na noite de segunda-feira, dia 6, resultando em uma votação de 10 x 1 a favor da cassação de ambos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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