Homem é condenado a 20 anos de prisão por tentar matar ex-companheira a pauladas enquanto ela dormia no norte do Tocantins

Homem é condenado a 20 anos de prisão por tentar matar ex-companheira a pauladas enquanto ela dormia no norte do Tocantins
Foto: Divulgação

 

Um julgamento do Tribunal do Júri de Augustinópolis terminou, nessa terça-feira, 16, com a condenação do lavrador Raimundo de Sousa Rocha, de 63 anos, por tentativa de homicídio qualificado contra a ex-companheira Rosilda Alves de Oliveira Cunha. O crime aconteceu enquanto a vítima dormia ao lado do neto.

De acordo com o processo, o ataque ocorreu em 17 de fevereiro de 2013, em contexto de violência doméstica. Raimundo, que ainda morava na casa da vítima mesmo contra a vontade dela, esperou a saída da filha e do genro de Rosilda para agir. Ele teria dado pelo menos três pauladas contra a ex-companheira, que acordou atordoada com os golpes, mas conseguiu pedir socorro. Com ferimentos graves na cabeça, ela sobreviveu, enquanto o agressor fugiu.

O processo ficou suspenso desde 2016 porque o acusado estava foragido. Ele só foi preso em julho de 2024, no município de Nazaré. Com a captura, o caso voltou a tramitar normalmente. A suspensão é prevista em lei e impede a prescrição do crime.

Decisão dos jurados

O Conselho de Sentença, formado por cidadãos da comunidade, reconheceu a autoria do crime e manteve a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, já que ela dormia no momento do ataque. A alegação de motivo fútil, no entanto, foi rejeitada.

Definição da pena

Na sentença, o juiz Alan Ide Ribeiro da Silva destacou a brutalidade da agressão, a condição de vulnerabilidade da vítima e as marcas físicas e psicológicas que ela ainda carrega. A pena inicial foi fixada em 18 anos e 9 meses, mas aumentada devido a agravantes: reincidência criminal e o fato de o crime ter ocorrido em ambiente doméstico. Com isso, a punição chegou a 30 anos.   Por ser tentativa de homicídio, o magistrado aplicou redução de um terço, fixando a pena final em 20 anos de prisão.

Prisão mantida

O juiz também determinou que o réu continue preso, ressaltando a gravidade do crime, a periculosidade de Raimundo e o medo relatado pela vítima. A decisão do júri foi considerada soberana e a execução da pena é imediata. Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias