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Ex-policial é condenado por assassinato de mulher trans em Gurupi: relembre o caso e veja os detalhes da sentença

Segundo as investigações, Daniella foi assassinada devido ao seu envolvimento como testemunha em outro inquérito policial, caracterizando a ação do policial como uma tentativa de "queima de arquivo"

 

Tribunal de Júri condena ex-policial Edson Vieira Fernandes a 16 anos de prisão pelo assassinato a tiros de Daniela Cicarelli, travesti de 24 anos, ocorrido em junho de 2018, no Setor União II, em Gurupi. Edson também é alvo de investigações relacionadas a outros homicídios e suspeita de envolvimento em grupos de extermínio. Com a decisão do júri, o caso é encerrado.

RELEMBRE O CASO:   

Na época, a Polícia Civil suspeitava que os tiros que vitimaram Daniella foram disparados por homens em uma motocicleta. Após extensivas investigações, o Ministério Público do Tocantins concluiu que os responsáveis eram Edson Vieira e outro policial, Gustavo Teles, que veio a falecer em uma abordagem policial posterior. Teles aproximou-se de Daniella conduzindo uma motocicleta, enquanto Edson, na garupa, efetuou os disparos contra a vítima.

MOTIVO DO CRIME:   

Conforme as investigações, Daniella foi assassinada devido ao seu envolvimento como testemunha em outro inquérito policial, caracterizando a ação dos criminosos como uma tentativa de “queima de arquivo”. A denúncia sugere que a dupla de policiais estava envolvida em atividades típicas de grupos de extermínio, com o objetivo de “eliminar elementos sociais” da cidade.

Edson Vieira foi condenado por homicídio qualificado, praticado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Os dois policiais também são acusados de mais seis outras acusações que investigam casos de homicídios e tentativas referentes aos anos de 2017 e 2018.

O QUE DIZ O EX-POLICIAL: 

Após a condenação, a defesa do ex-policial Edson Vieira informou que vai pedir a anulação do júri, pois afirma ter evidências contundentes de que o juiz pressionou o jurado, comprometendo a integridade do processo judicial. “A atuação desse promotor de justiça não reflete o trabalho honrado que o Ministério Público do estado do Tocantins faz”, disse o advogado do ex-policial.

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