Em julgamento realizado no Tribunal do Júri de Araguaína na última terça-feira, 29, dois réus foram condenados pela morte de Anazilda Santos Almeida, que ocorreu em outubro de 2023. Francisca da Silva Batista, apontada como mentora do crime, recebeu uma sentença de 21 anos de reclusão, enquanto o executor, Welerson da Silva Monteiro, foi condenado a 18 anos e 7 meses de prisão.
Desde outubro de 2023, Welerson estava preso preventivamente e permanecerá sob custódia, cumprindo a sentença sem possibilidade de recorrer em liberdade. Já Francisca, que se encontrava em prisão domiciliar, foi imediatamente detida no plenário do júri e terá que cumprir a pena em regime fechado.
Lara Eduarda Batista da Silva Cruz, filha de Francisca, foi absolvida pelos jurados. Ela foi inocentada sob o entendimento de que não tinha ciência dos planos da mãe e de Welerson e que, ao dirigir o carro até o local do crime com os dois, desconhecia a intenção deles de cometer o homicídio.
Motivo do crime
Durante o julgamento, o Promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida apresentou a acusação. Segundo ele, Francisca teria planejado o homicídio movida por ciúmes, após descobrir que seu então companheiro teve um relacionamento amoroso com Anazilda.
Para convencer Welerson a ajudar no crime, Francisca contou a ele que Anazilda seria uma testemunha em um processo judicial que poderia resultar na perda da guarda de uma criança, irmã de Lara. Welerson, próximo de Francisca e apegado à garota, concordou em participar da ação.
Emboscada e ataque violento
Segundo a acusação, a vítima foi emboscada enquanto se dirigia ao trabalho. Welerson teria se aproximado por trás e a agredido, batendo sua cabeça várias vezes contra um poste. O ataque ocorreu em 5 de outubro de 2023; Anazilda foi hospitalizada, mas, devido aos ferimentos, faleceu em 12 de outubro.
Qualificação e condenação
Os jurados aceitaram a argumentação do Ministério Público, condenando Francisca e Welerson pelo homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e emboscada. Além disso, Welerson foi condenado pelo crime de furto, uma vez que levou a bolsa e o celular da vítima após o ataque.