Cinco homens foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam 139 anos de prisão em regime fechado, por envolvimento em um ataque motivado por rivalidade entre grupos criminosos em Xambioá, no norte do Tocantins. O julgamento foi realizado na quinta-feira, 30, no Salão do Júri da Comarca de Xambioá, e contou com a atuação dos promotores de Justiça Breno de Oliveira Simonassi, do Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri), e Gilmar Pereira Avelino.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença acatou integralmente as argumentações apresentadas pela acusação. Os réus foram responsabilizados pelos crimes de organização criminosa, homicídio qualificado consumado e cinco tentativas de homicídio qualificado. As qualificadoras reconhecidas foram motivo torpe, ligado à vingança entre os grupos rivais, e recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que o ataque foi feito de surpresa e em maior número de agressores.
Penas variam entre 21 e 31 anos de prisão
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Elivaldo Meneses dos Santos – 31 anos, 7 meses e 6 dias;
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Wallisson da Silva – 31 anos, 7 meses e 6 dias;
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Mateus Guedes de Sousa – 29 anos;
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Wendison da Silva – 25 anos, 2 meses e 3 dias;
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Erasmo Soares de Abreu – 21 anos, 9 meses e 10 dias.
O Ministério Público obteve a execução imediata das penas, mas ainda cabe recurso da decisão.
Ataque foi planejado como vingança
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO), o crime ocorreu em 18 de novembro de 2022. O grupo, formado por nove pessoas, teria se organizado para atacar uma residência no Bairro Sertãozinho, acreditando que ali estavam membros de uma facção rival.
O ato foi motivado por vingança, após um atentado contra a casa de um dos acusados dois dias antes. O grupo invadiu o imóvel e fez vários disparos de arma de fogo, matando César Alessandro da Silva e Silva e ferindo gravemente Layza Parente Matias.
Outras vítimas conseguiram escapar
Durante o tiroteio, quatro pessoas que também estavam na casa foram alvo dos disparos, mas conseguiram fugir sem serem atingidas, o que caracterizou as cinco tentativas de homicídio.
A investigação utilizou provas digitais e contou com colaboração premiada de um dos envolvidos, que já faleceu. Esse depoimento foi decisivo para confirmar a autoria e reconstituir a dinâmica do ataque.
Segundo o MPTO, uma mulher envolvida no caso morreu e outros dois acusados foram absolvidos.








