Justiça

Avô é condenado a mais de 22 anos de prisão por estuprar a própria neta entre 10 e 13 anos no Tocantins

Publicado por
Flávia Ferreira

 

O Ministério Público do Tocantins obteve êxito na condenação de um homem a 22 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. A decisão judicial exige que o cumprimento da pena seja iniciado em regime fechado. A sentença também inclui o pagamento de uma indenização de R$ 10 mil à vítima, como compensação pelos danos morais causados.

A continuidade do crime foi um fator que aumentou a pena imposta ao réu, uma vez que os abusos ocorreram repetidas vezes durante certo período. A vítima, neta do condenado, foi submetida aos abusos entre os 10 e 13 anos, situação que gerou forte indignação na comunidade onde viviam.

O grau de parentesco entre o réu e a vítima também contribuiu para a elevação da pena. O Código Penal Brasileiro prevê o agravamento da punição em situações onde há relação de parentesco, como padrasto, tio, irmão, ou ainda quando o agressor detém alguma autoridade sobre a vítima.

João Edson de Souza, promotor do caso, enfatizou que muitos casos de abuso ocorrem dentro do ambiente familiar ou com pessoas muito próximas da vítima. “Justamente por conta disso a lei foi sendo alterada, com punições mais severas, para buscar coibir e enfrentar essas lamentáveis situações”.

Promotor aconselha atenção a sinais de abuso

O promotor João Edson reforçou a importância de que as famílias estejam sempre atentas a mudanças no comportamento das crianças e adolescentes. Para ele, um diálogo aberto é fundamental para criar laços de confiança e detectar sinais de abuso. A vigilância familiar pode ser decisiva para proteger menores de idade.

Caso chegou à Justiça após relato de automutilação

Em 2020, ao retornar para casa, a mãe da vítima notou que a filha apresentava diversos cortes nos braços. Inicialmente, a menina se recusou a falar sobre o assunto, mas, depois de conversar com amigas, a mãe conseguiu que a criança revelasse que vinha sendo abusada pelo próprio avô.

Sentença enfatiza impacto psicológico dos abusos

A decisão judicial destacou a gravidade do trauma psicológico vivido pela vítima. Conforme a sentença, os cortes realizados pela menina nos próprios braços são reflexos da intensidade do sofrimento emocional causado pelos abusos, indicando um esforço para lidar com as consequências do trauma.

 

Flávia Ferreira

Com quase 10 anos de experiência em comunicação, percorri diversas funções ao longo da minha trajetória profissional. Iniciei como arquivista de texto e imagem, evoluindo para a posição de locutora de rádio, onde apresentei o programa "Sétima Arte" na Palmas FM. Ao longo do tempo, expandi minha atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), o Detran e a Secretaria da Administração (Secad). Atualmente cursa Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT