Felipe Alexandre Wagner, assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR), teve o cargo comissionado do qual ocupava exonerado após se tornar alvo de investigação da Polícia Federal (PF) por suspeita de repassar informações internas de inquéritos criminais. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União.
As investigações apontam que Felipe poderia ter repassado dados sigilosos a alvos de investigações, incluindo casos no Tocantins. Durante a operação realizada na sexta-feira, 19 , a PF apreendeu um celular e um notebook do assessor, que é investigado no âmbito da Operação Sisamnes, com pedido da própria PGR.
O nome de Felipe surgiu em um diálogo interceptado entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos, e Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador afastado Wanderlei Barbosa. A conversa, registrada em 26 de junho de 2024, abordava suposto vazamento de informações de operações envolvendo desvios de recursos públicos, como a Fames-19 e a Maximus, tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a investigação, Campos mencionou Felipe como um contato com acesso a pareceres, o que teria ajudado a compreender a gravidade da situação perante a Justiça.
Investigação autorizado pelo STF
A apuração foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, e busca esclarecer um esquema de possível venda de decisões judiciais, envolvendo informações sigilosas de processos criminais.