Carnaval está chegando e um dos crimes mais comuns neste período é o assédio. No Brasil, metade (50%) das mulheres já foi vítima de assédio sexual durante a festividade e 73% delas têm receio de passar por essa situação pela primeira vez ou novamente. De acordo com novo levantamento do Instituto Locomotiva, essas proporções são ainda mais altas entre mulheres negras, chegando, respectivamente, a 52% e 75%.A pesquisa, que entrevistou 1.507 homens e mulheres com 18 anos de idade ou mais, entre 18 a 22 de janeiro deste ano, indica, ainda, outro dado importante: seis em cada dez mulheres (60%) percebem o carnaval de hoje tão arriscado quanto os do passado, em relação ao assédio sexual.
Passam os anos, mas, apesar da promoção de políticas públicas por meio de campanhas contra o assédio, legislações pertinentes ao tema, como a Lei de Importunação Sexual, os dados sofrem pouca alteração. Segundo o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, durante o Carnaval brasileiro de 20219, os casos de violência sexual contra mulheres costumam aumentar aproximadamente 20% (MDH, 2019). Os dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), trouxeram que em 2019, os dias de folia tiveram 36% mais notificações do que a média diária do ano. Os números trazem os registros feitos em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), motivados pelas violências.
O instituto Ibope Inteligência divulgou no ano seguinte, 2021, uma pesquisa que apontou que 48% das mulheres brasileiras declararam já ter sofrido algum tipo de assédio, constrangimento ou importunação sexual em alguma festa de Carnaval pelo País.
Importunação Sexual ou Assédio
Conforme a Controladoria Geral da União o “assédio pode ser configurado como condutas abusivas exaradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa”.
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