Sorocaba, SP – Um menino de apenas 2 anos foi flagrado preso em uma espécie de ‘jaula’ em uma creche localizada na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. O alarmante episódio foi registrado por uma vizinha da instituição, que presenciou a criança chorando e clamando pela mãe durante aproximadamente 40 minutos, até que uma funcionária da creche finalmente o resgatou. As autoridades policiais estão conduzindo uma investigação a respeito do caso.
As perturbadoras imagens foram capturadas em 25 de maio no Centro de Educação Infantil (CEI) 7. No vídeo, é possível observar o menino confinado em um cercado no parque da creche, chorando intensamente e gritando desesperadamente por sua mãe.
De acordo com informações fornecidas pelo advogado da família, Rodrigo Rollo, a criança só foi libertada quando a moradora que filmou o ocorrido decidiu fazer uma denúncia pessoalmente na Prefeitura de Sorocaba e, em seguida, acionou o Conselho Tutelar da cidade.
Desnorteada, a mãe foi buscar o filho naquele dia como de costume, mas foi abordada pela diretora da creche e por um funcionário da Secretaria de Educação, os quais comunicaram o incidente inicialmente, porém se recusaram a fornecer as imagens.
Dias depois, a mãe conseguiu obter o vídeo ao investigar os arredores da creche. Diante da gravidade da situação, ela prontamente procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, onde o caso foi oficialmente registrado como maus-tratos.
Conforme relatado no boletim de ocorrência, a criança mencionou ter sido agredida na barriga na escola. Embora não apresentasse lesões visíveis, o comportamento do menino mudou significativamente desde então, manifestando ansiedade, insônia e nervosismo, além de repetir constantemente que não deseja voltar à creche.
Em comunicado, Rodrigo Rollo informou que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para evitar que outras crianças passem por situações constrangedoras e infelizes semelhantes.
Em resposta ao incidente, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, determinou o imediato afastamento da servidora da Educação supostamente envolvida nas ações contra a criança. A Corregedoria Geral do Município está conduzindo uma investigação interna. O Conselho Tutelar também está acompanhando o caso. A Prefeitura de Sorocaba enfatizou que tomará todas as medidas cabíveis, repudiando e não tolerando qualquer tipo de ocorrência desse tipo.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação da cidade em busca de comentários, mas até o momento não recebeu resposta. O espaço permanece aberto para manifestações.