Familiares de Carlos Augusto Silva Fraga, vulgo “Dad Charada”, se recusaram a realizar o enterro de seu corpo após o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Palmas, não respeita o prazo de até as 16h da última terça-feira (25), para realizar um novo exame de necropsia. O pedido foi feito pela defesa dos familiares do preso encontrado morto dentro de sua cela. A versão investigada é que ele tenha cometido suicídio por meio de enforcamento.
Ao ser procurada, a Secretaria de Segurança Pública informou em nota que consta no laudo que foram constatadas lesões no pescoço no preso caracterizando suicídio. O documento apontou que não haviam sinais de agressões.
Conforme apurado, o enterro estava marcado para ocorrer as 10h da última terça-feira (25), porém como a liminar não foi atendida, a defesa entrou com o pedido para um novo exame de necropsia e que um outro perito seja nomeado para refazer o laudo.
“Em algumas fotografias feitas pela família constam algumas lesões no corpo da vítima, todo esse material foi recolhido e entregue as autoridades, e, portanto, o enterro não será feito até que um novo exame seja feito”, informou a defesa.
No pedido consta ainda que seja mudado o valor pelo não cumprimento da liminar, deixando de ser de R$30 mil passando para R$100 mil por dia. Procurado, o juiz plantonista informou que o caso foi repassado para o juiz titular que deverá acompanhar e tomar decisões em relação ao ocorrido.
Charada havia sido preso no Estado do Rio Grande do Sul, e posteriormente transferido no dia 11 de julho, para a Prisão Provisória de Palmas, em Tocantins, posteriormente ele foi realocado para o presídio Bairro da Grota em Araguaína, onde foi encontrado morto no último domingo (20).
Conforme já informado, Charada foi preso após ser apontado como sendo o mandante de ao menos 50 homicídios ocorridos somente neste ano de 2023, em Palmas.