Estamos no mês de setembro , mês em que acontece a campanha “Setembro Amarelo”. Uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. A campanha foi criada no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, internacionalmente, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
O objetivo do Setembro Amarelo é sensibilizar a sociedade sobre a importância de discutir abertamente a questão do suicídio, desfazer estigmas relacionados à saúde mental e promover a prevenção do suicídio por meio do diálogo, do apoio e do acesso a recursos de saúde mental. Durante esse mês, várias atividades e eventos são organizados para educar as pessoas sobre os sinais de alerta, como ajudar alguém em crise e como buscar ajuda profissional.
A cor amarela foi escolhida como símbolo da campanha porque representa a luz, a esperança e a vida, aspectos fundamentais no esforço de prevenir o suicídio e oferecer apoio às pessoas que estão passando por momentos difíceis. O Setembro Amarelo tem como objetivo principal salvar vidas, promovendo a conscientização e a empatia em relação às questões de saúde mental e ao suicídio.
O suicídio pode acometer qualquer pessoa. Independe da classe social. Walewska, ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, do Minas e do Praia Clube, campeã olímpica morreu nesta quinta-feira, 21, aos 43 anos. Segundo boletim de ocorrência divulgado nesta sexta, 22, a campeã olímpica caiu do 17º andar de um prédio. A polícia investiga o caso e a suspeita inicial é que ela tenha cometido. Ou seja, uma atleta conhecida mundialmente, multi-campeã, pode ter tirado a própria.
COMO PREVENIR O SUICÍDIO
A prevenção do suicídio é uma preocupação vital e requer uma abordagem abrangente que envolva indivíduos, comunidades e sistemas de saúde. Primeiramente, é fundamental aumentar a conscientização sobre saúde mental e reduzir o estigma associado a doenças mentais. Isso pode ser feito por meio de campanhas educativas, mídia e educação nas escolas, de modo a criar um ambiente mais acolhedor para as pessoas procurarem ajuda quando necessário.
Além disso, é crucial promover a detecção precoce de sinais de alerta. Educar profissionais de saúde, professores, familiares e amigos sobre os sinais de risco de suicídio pode levar a intervenções mais eficazes. Esses sinais podem incluir isolamento social, mudanças drásticas de comportamento, expressões de desesperança e ameaças de suicídio.
A disponibilidade de serviços de saúde mental acessíveis desempenha um papel vital na prevenção do suicídio. Governos e organizações devem investir em recursos de saúde mental, tornando-os acessíveis e livres de discriminação. Isso inclui a expansão de linhas diretas de prevenção do suicídio, clínicas de saúde mental e terapeutas disponíveis para atender às necessidades da população.
Promover um ambiente de apoio e conexão social é igualmente importante. Fortalecer os laços comunitários, incentivar a empatia e o suporte mútuo e criar espaços seguros para as pessoas discutirem seus sentimentos e preocupações podem ajudar a reduzir o isolamento social, um fator de risco significativo para o suicídio.
Finalmente, a restrição do acesso a meios letais, como armas de fogo e medicamentos, pode salvar vidas. A criação de políticas de controle de armas mais rigorosas e a conscientização sobre o armazenamento seguro de medicamentos podem desempenhar um papel vital na prevenção do suicídio.
Em resumo, a prevenção do suicídio requer um esforço coordenado em várias frentes, incluindo conscientização, detecção precoce, acesso a serviços de saúde mental, apoio social e restrição de acesso a meios letais. Todos nós desempenhamos um papel nesse esforço, apoiando uns aos outros e trabalhando juntos para criar um mundo onde a prevenção do suicídio seja uma prioridade.
COMO IDENTIFICAR SE UMA PESSOA ESTÁ PENSANDO EM COMETER SUICÍDIO
Identificar se alguém está pensando em cometer suicídio pode ser desafiador, mas é crucial estar atento a sinais de alerta que
1. Expressões de desesperança: A pessoa pode manifestar sentimentos de desesperança, dizendo coisas como “não vejo saída”, “a vida não vale a pena” ou “não aguento mais”.
2. Isolamento social: A pessoa pode se afastar de amigos e familiares, evitar atividades sociais que antes eram apreciadas e se isolar emocionalmente.
3. Mudanças significativas de comportamento: Alterações bruscas no comportamento, humor ou hábitos alimentares, como aumento do consumo de álcool ou drogas, podem ser indicativos de problemas emocionais.
4. Dizer adeus: A pessoa pode expressar o desejo de se despedir de amigos e familiares de maneira incomum, como escrever cartas de despedida ou fazer comentários que sugerem que ela não estará por perto por muito tempo.
5. Aquisição de meios letais: Se a pessoa adquirir armas de fogo, medicamentos em grande quantidade ou outros meios que podem ser usados para o suicídio, isso é um sinal de alerta sério.
6. Expressões de culpa ou autocensura: A pessoa pode se culpar por problemas em sua vida ou acreditar que é um fardo para os outros.
7. Mudanças dramáticas no sono: Insônia persistente ou aumento excessivo no sono podem ser sintomas de um estado emocional desequilibrado.
8. Comentários diretos sobre o suicídio: Se alguém mencionar diretamente a ideia de cometer suicídio, isso deve ser levado muito a sério, e ajuda profissional deve ser buscada imediatamente.
Se você notar esses sinais em alguém, é crucial agir com empatia e delicadeza. Incentive a pessoa a buscar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, e esteja disposto a ouvir sem julgamento. Em casos de emergência iminente, entre em contato com serviços de prevenção do suicídio ou serviços de emergência, como o 911 no Brasil, para garantir que a pessoa receba a ajuda necessária o mais rápido possível. O apoio e a intervenção precoce podem fazer a diferença na vida de alguém que está em crise.
Por Uágno Lima
