Eleitoral

Assédio eleitoral nas empresas: como proteger seu negócio e respeitar a liberdade dos colaboradores nas eleições de 2024

Publicado por
Cel. Glauber (editor-chefe)
Com as eleições municipais de outubro de 2024 se aproximando, as empresas devem estar atentas ao risco do assédio eleitoral no ambiente de trabalho. O assédio eleitoral ocorre quando o empregador ou seus representantes utilizam sua posição de poder para tentar influenciar ou coagir os empregados em relação ao voto. Essa prática é ilegal, viola direitos constitucionais e pode resultar em graves consequências, tanto trabalhistas, quanto penais, para a empresa e os envolvidos.
O principal risco de um ambiente em que há assédio eleitoral é o rompimento da confiança entre empregador e empregados. Ao tentar influenciar a escolha política de seus colaboradores, o empregador interfere na liberdade individual, o que pode gerar situações desconfortáveis, diminuir a moral da equipe e afetar diretamente a produtividade. Além disso, de assédio eleitoral podem resultar em ações trabalhistas, multas e até mesmo sanções penais para os responsáveis.
Eduardo Depassier Foto de divulgação
Para evitar esse tipo de assédio, é essencial que as empresas mantenham uma postura neutra durante o período eleitoral. Comentários, discursos, reuniões ou qualquer tipo de comunicação que sugira apoio a determinado candidato ou partido devem ser evitados. A coação, seja explícita ou implícita, pode ser configurada como assédio eleitoral, colocando a empresa em uma posição vulnerável perante a lei.
Uma das formas mais eficazes de prevenir o assédio eleitoral é adotar política interna de compliance eleitoral. Essa política deve deixar claro que qualquer tentativa de influenciar politicamente os colaboradores é proibida. Implementar treinamentos sobre o tema, especialmente para gestores e líderes, também ajuda a disseminar uma cultura de respeito à diversidade de opiniões e ao direito de cada colaborador de escolher seus representantes livremente.
O ambiente de trabalho deve ser um espaço de neutralidade política, onde os colaboradores se sintam seguros para exercer seus direitos sem pressão. Ao não interferir nas escolhas eleitorais de seus colaboradores, a empresa contribui para a manutenção de um ambiente saudável e respeitoso. Esse respeito à liberdade individual é fundamental para garantir a integridade das relações de trabalho e preservar a harmonia no local de trabalho.
Em resumo, ao adotar uma postura neutra e implementar medidas preventivas, a empresa não apenas evita problemas legais e trabalhistas, mas também promove um ambiente de confiança e respeito mútuo. Isso reforça a imagem da empresa como uma organização ética e comprometida com o bem-estar de seus colaboradores.
Cel. Glauber (editor-chefe)

Editor-chefe do Site JusTocantins, coronel da reserva da PMTO, formado em Segurança Pública, Direito e Administração de Empresas. Pós-graduado em Gestão Pública, Docência do Ensino Superior. Ex-Comandante Geral da PMTO, ex-Secretário de Justiça, Professor universitário, Pai de 4 filhos e 3 netos . Grato a DEUS pela minha vida

Compartilhar
Publicado por
Cel. Glauber (editor-chefe)