O preço da cesta básica em Palmas chegou a R$ 666,50 em outubro, marcando um acréscimo de 3,73% em comparação a setembro. Esse aumento resultou em uma inflação acumulada de 9% no período de agosto a outubro, o que compensa as quedas de preços observadas no começo de 2024 e eleva novamente o custo da cesta para os níveis observados no início do ano. As informações são do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Naepe).
O Naepe informou que o crescimento nos preços reflete diretamente no bolso do trabalhador, que teve que trabalhar 112 horas e 54 minutos em outubro para conseguir arcar com o custo da cesta básica, levando em conta o valor do salário-mínimo.
O tomate, com uma subida de 27,7%, foi o item que mais contribuiu para o aumento da inflação da cesta básica. Outros alimentos também apresentaram aumentos significativos, como o óleo de soja, que subiu 8,1%, e a carne vermelha, com alta de 7,6%. Por outro lado, alguns itens apresentaram pequenas quedas, como a banana (-5,1%), o pão francês (-4,8%) e o leite (-2,9%).
Preocupação com o aumento dos preços
O economista Autenir Carvalho, professor e diretor-geral do Naepe, ressaltou que esse aumento tem causado uma pressão crescente sobre o poder de compra das famílias. “Esse cenário reforça a importância do trabalho do Naepe, de monitorar as oscilações nos preços dos alimentos, que impactam diretamente o orçamento das famílias palmenses, especialmente em tempos de inflação elevada”.
Necessidade de políticas públicas
A pesquisa realizada pelo Naepe abrangeu 21 estabelecimentos comerciais em Palmas, incluindo cinco atacadistas, nove supermercados e sete mercados de bairros. Esse cenário reforça a importância de uma gestão cuidadosa da economia doméstica e a necessidade de políticas públicas voltadas à segurança alimentar.