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Mandados de busca são cumpridos contra policiais da Rotam por suspeita de execução forjada em Palmas

O grupo teria forjado uma troca de tiros para justificar a execução de Jaimeson Alves da Rocha, de 35 anos, no bairro Jardim Aureny III

 

Nesta terça-feira, 15 , a Polícia Civil cumpriu mandados de busca contra cinco policiais militares da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), suspeitos de envolvimento em um homicídio. Além dos militares, um agente da Guarda Metropolitana também é alvo das investigações. O grupo teria forjado uma troca de tiros para justificar a execução de Jaimeson Alves da Rocha, de 35 anos, no bairro Jardim Aureny III, em Palmas.

De acordo com informações preliminares, os policiais teriam “plantado” uma arma perto da vítima para simular um confronto. O crime ocorreu em uma oficina mecânica no dia 18 de junho, quando a vítima foi abordada e baleada com seis disparos, dos quais três o atingiram.

Desdobramentos da investigação e medidas judiciais

Em resposta ao caso, a Justiça do Tocantins decidiu afastar os policiais e o guarda das atividades operacionais. Além disso, determinou o recolhimento das armas de todos os envolvidos, a suspensão do porte de armas e a aplicação de tornozeleiras eletrônicas.

Há também suspeitas de que dois dos militares, que ingressaram na corporação em 2022, teriam participado do crime como parte de um “ritual de batismo” após completarem o curso da Rotam. A investigação sugere que os novatos são expostos a confrontos armados intencionais com criminosos como forma de iniciação.

Histórico da vítima e monitoramento 

A vítima, Jaimeson Alves da Rocha, já tinha um histórico de atritos com os policiais. Em novembro de 2023, ele teria se envolvido em uma briga com militares e foi baleado. Posteriormente, foi preso e passou a ser monitorado por um policial militar da inteligência e pelo agente da Guarda Metropolitana, que usava o sistema de câmeras da prefeitura para acompanhar a rotina de Jaimeson.

Conforme as investigações, o monitoramento forneceu aos policiais informações estratégicas que culminaram na abordagem fatal de junho. Os laudos periciais e as imagens de câmeras de segurança do local corroboram as provas da materialidade do homicídio.

Versão dos policiais investigados

Três dos policiais envolvidos confirmaram que atiraram contra a vítima. Eles alegam que o fizeram em legítima defesa, afirmando que Jaimeson teria sacado uma arma no momento da abordagem. Segundo essa versão, a vítima ignorou as ordens de rendição e, em seguida, atirou contra os agentes. Em resposta, os policiais abriram fogo, alegando que, mesmo ferido, Jaimeson tentou acionar sua arma novamente, forçando-os a desarmá-lo.

 

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