MPTO recomenda implementação de câmeras operacionais na Polícia Militar do Tocantins devido ao aumento de mortes por intervenção policial

O MPTO destaca um aumento significativo de 69,23% no número de mortes resultantes de intervenção policial em 2023 em comparação com 2022, conforme o Mapa de Segurança Pública de 2024

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), emitiu uma recomendação administrativa ao Estado do Tocantins na última quinta-feira, 21.

A orientação tem como objetivo a implementação do uso de câmeras operacionais/corporais pelo efetivo da Polícia Militar. O MPTO destaca um aumento significativo de 69,23% no número de mortes resultantes de intervenção policial em 2023 em comparação com 2022, conforme o Mapa de Segurança Pública de 2024.

A recomendação é fundamentada em análises de dois processos administrativos que identificaram 65 óbitos em decorrência de ações policiais no estado entre 2019 e 2021, envolvendo casos como os de Bryan Felipe Inomata, Adalgison Bezerra, Leandro Rocha da Cunha e o desaparecimento de Samylla Lorrany Marques de Souza durante uma operação policial.

O MPTO destaca um aumento de 212,6% nas mortes por intervenções policiais em 2021 em relação a 2018, quando foram registradas 42 mortes.

IMPORTÂNCIA DAS CÂMERAS OPERACIONAIS 

O texto destaca as vantagens apontadas pela Polícia Militar de São Paulo em relação à segurança dos policiais, como o reforço da evidência judicial, a diminuição do uso da força, a redução de denúncias e reclamações, e a melhoria da formação e qualificação no atendimento ao público. 

Também se faz referência ao conteúdo preliminar da Resolução do Marco Legal sobre o uso de câmeras, elaborada pelo Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) em 2022 e encaminhada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

PRAZO E ASSINATURAS 

A recomendação define um prazo de oito meses para aquisição e testes dos equipamentos, e 12 meses para a implementação total do sistema de monitoramento por câmeras corporais. A recomendação é assinada pelos promotores de Justiça e membros do Gaesp: João Edson de Souza, Rafael Pinto Alamy e Saulo Vinhal da Costa.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. AceitarLeia Mais