MP cobra regularização de parceria em presídio de Dianópolis e dá prazo para novo chamamento público

MP cobra regularização de parceria em presídio de Dianópolis e dá prazo para novo chamamento público
Foto: Divulgação

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) recomendou que a Unidade Penal Regional de Dianópolis (UPRD) arrume toda a documentação da parceria com a empresa privada que fabrica artefatos de concreto usando mão de obra de presos.  O objetivo é garantir transparência, segurança e respeito às regras da administração pública.

A 1ª Promotoria de Justiça de Dianópolis fez uma vistoria e descobriu que o acordo, firmado em 15 de fevereiro de 2024, não passou por chamamento público nem por outro tipo de seleção obrigatória.  Isso chamou atenção porque o trabalho envolve estrutura pública, entrada frequente de materiais na unidade e o uso da mão de obra de pessoas privadas de liberdade.

Mesmo reconhecendo que o projeto traz benefícios como capacitação profissional, remição de pena e melhorias na unidade, o MPTO avisou que as irregularidades precisam ser corrigidas rapidamente.

O MPTO deu um prazo de 15 dias para que a UPRD apresente um cronograma detalhado com todas as etapas para firmar um novo contrato.  Esse novo instrumento jurídico precisa ser precedido de chamamento público, conforme manda a lei.  O processo de seleção e a assinatura da nova parceria devem acontecer em até 180 dias.

Atividades seguem, mas com regras mais rígidas

Para não prejudicar os presos que já estão trabalhando, o MPTO permitiu que a parceria atual continue funcionando de forma temporária e excepcional.  Mas isso só vale durante o período de transição, e a unidade terá que reforçar a fiscalização interna imediatamente.

O que a unidade prisional deve ajustar

  • aumente o controle sobre entrada de pessoas, materiais e insumos;

  • defina critérios de segurança e contrapartidas claras;

  • garanta publicidade dos atos;

  • siga todas as normas da execução penal.

A recomendação também foi enviada ao Juízo Criminal de Dianópolis e à Procuradoria-Geral do Estado (PGE-TO), que faz a defesa jurídica do Estado.

Se os prazos não forem cumpridos, o MPTO pode tomar medidas judiciais para garantir que tudo seja regularizado e para responsabilizar os envolvidos.

 

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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