Editorial

Peixes ornamentais exóticos são apreendidos durante fiscalização

Publicado por
Fernanda Vieira

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), durante fiscalização ambiental realizada na última terça-feira (22), atendeu a uma denúncia de maus-tratos em remessa postal identificada no Centro de Encomendas e Entregas (CEE) da Agência Central dos Correios, em Palmas.

Durante vistoria feita por meio de raio-x, constatou-se que o conteúdo do objeto postal era de remessa proibida do tipo animais vivos. Na caixa haviam sacos plásticos contendo peixes que foram como ornamentais exóticos das espécies Betta e Guppy.

Na fiscalização foi verificado que a remessa possuía discriminação enganosa do conteúdo, ou seja, descrito como azul de metileno, composto solúvel com aplicação farmacológica, porém após o exame foi constatado que na verdade eram peixes ornamentais.

De acordo com Cândido José dos Santos Neto, gerente de Fiscalização Ambiental, a tal remessa é considerada proibida e que o envio de qualquer animal deve ser feito por empresa autorizada, em veículo adequado, com controle de temperatura e alimentação disponível.

“Após apuração, a nossa equipe constatou que os animais foram remetidos no dia 14 de agosto, vindos de Moju, no Pará, e tinham como destino a cidade de Pedro Afonso, porém os peixes foram retidos no CEE dos Correios, de Palmas”, detalhou o gerente.

Durante o trabalho de vistoria, os fiscais constataram que os animais estavam mal-acondicionados, sem alimentação, sem renovação aeróbica, e que uma fêmea Guppy já estava morta. A remessa não possuía nota fiscal, guia de transporte ou nem outro documento que comprovasse a origem dos peixes.

Após a lavração do ocorrido, foram aplicados um auto de infração por maus-tratos no valor de R$ 3,5 mil e um termo de apreensão dos peixes, que posteriormente foram doados para empresa especializada em aquariofilia para os cuidados necessários e posterior destinação.

Não foi relatado se foram localizados o suspeito de enviar os animais e nem o destinatário. O caso deve ser investigado.

Fernanda Vieira