Editorial

É diferente para eles? Sinais da depressão em crianças e adolescentes como identificar

Publicado por
Lorena Karlla Mascarenhas

Não são só os adultos que sofrem com a depressão. Cresce a cada dia o número de casos de depressão entre crianças e adolescentes e a Pandemia no novo coronavírus agravou ainda mais a condição, conforme apontam os especialistas. Doença crônica muitas vezes confundida e até tratada de forma pejorativa e preconceituosa, por falta de informação, a depressão chegou a atingir, de acordo com pesquisa recente realizada pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP), 36% da juventude brasileira. Mesmo no período da pandemia o dado é representativo. 

 

Basicamente as características centrais da doença são tristeza excessiva e sensação de desilusão perante a rotina e os afazeres do dia a dia. Mas, como identificar esses sintomas na fase adolescente e nos jovens, já tão cheios de mudanças relacionadas à suas faixas etárias. 

 

O JusTocantins listou, a partir de informações de especialistas em Saúde Mental, como pais, professores e familiares podem observar e identificar a depressão nas crianças e adolescentes, já que eles apontam logo de cara, nessas faixas etárias fazer o diagnóstico é um desafio a mais, considerando que a tristeza e o mau humor podem ser confundidos com a característica da fase adolescente e a “birra” da fase infantil. 

 

Na criança

A intensidade, duração, a frequência e a alteração dos hábitos da criança são os principais indícios. É depressão se o quadro durar pelo menos duas semanas e provoquem mudança representativa na rotina da criança; agitação motora é outro detalhe a ser observado. Interessante afastar o diagnóstico de transtorno de hiperatividade transtorno. 

 

Outros sinais importantes:

Surgimento do medo de dormir sozinha; 

Falta de vontade de ir à escola e redução do rendimento escolar;

Dores de cabeça e abdominais;

Cansaço;

Insônia;

Perda ou ganho de peso

 

Identificando a condição a melhor opção é sempre procurar ajuda médica, para evitar maiores incidências no desenvolvimento psicológico e social. 

A boa relação familiar também faz diferença, com comunicação, reforços positivos e acompanhamento afetivo. 

 

No adolescente

No caso da fase adolescente há os riscos da doença está relacionada a exposição à violência doméstica, emocional ou sexual; bullying; abandono; e contato com substâncias psicoativas. E um agravante, as redes sociais, que mesmo que promovam a chamada interação social também podem aproximar o adolescente a pessoas pessoas nocivas, comentários maldosos e que acabam por gerar baixa autoestima. Por isso, um dos principais modos de identificar o problema no adolescente é o convívio social, já que o adolescente deprimido se isola, até de pais e amigos próximos. 

 

A conduta neste caso é semelhante ao caso das crianças, conversa e ajuda médica. 

Lorena Karlla Mascarenhas