Justiça cobra plano da Prefeitura de Palmas diante de fila de mais de 11 mil pessoas à espera de atendimento especializado

Justiça cobra plano da Prefeitura de Palmas diante de fila de mais de 11 mil pessoas à espera de atendimento especializado
Foto: SES/Governo do Tocantins

 

Quem precisa de atendimento oftalmológico pelo sistema público em Palmas enfrenta uma espera longa. Mais de 11 mil moradores aguardam consultas, exames ou tratamentos, e há casos em que a espera já passa de três anos. Diante desse quadro, a Justiça determinou que o Município apresente um plano de ação para reorganizar o serviço, após ação do Ministério Público do Tocantins (MPTO).

A decisão foi proferida na segunda-feira, 15, e estabelece o prazo de 30 dias para que o Município apresente medidas concretas para regularizar o atendimento na área de oftalmologia. O plano deverá abranger consultas, exames e tratamentos ambulatoriais, com ações voltadas à redução da fila e à garantia de acesso da população ao serviço.

Na sentença, o Judiciário reconheceu que a quantidade de pacientes à espera é maior do que a capacidade operacional da rede municipal de saúde. Essa situação tem provocado filas extensas e atrasos considerados incompatíveis com o direito à saúde.

Pacientes aguardam desde 2022

No processo, o Ministério Público apontou que há 11.577 pacientes aguardando atendimento, muitos deles desde o ano de 2022. O tempo de espera ultrapassa, de forma significativa, o prazo máximo de 100 dias, considerado razoável pelo Enunciado nº 93 do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus).

Direito à saúde em discussão

Ao analisar o caso, a Justiça classificou o problema como uma “deficiência grave” na política pública de saúde, entendendo que a situação viola um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal.

Ação tramita na Vara da Saúde

A ação civil pública foi proposta neste ano pela promotora de Justiça Araína Cesárea, titular da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, e tramita na Vara da Saúde de Palmas. Ainda no início do processo, o Ministério Público já havia conseguido uma decisão liminar que impôs obrigações ao Município.

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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