Júri em Filadélfia reconhece motivo fútil e emboscada; réu deixou o tribunal preso e outro envolvido segue foragido
O Tribunal do Júri da Comarca de Filadélfia condenou, nesta quarta-feira (29), Lucas Dias Lima a 16 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio duplamente qualificado de Dione Monteiro Ramos. A sentença atendeu integralmente à acusação apresentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), representado pelo promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse. Após a decisão, a Justiça determinou a execução imediata da pena, e o réu foi levado do plenário diretamente para a prisão.
O Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, entendendo que o crime foi praticado de forma a impedir qualquer reação.
Participação no crime
Durante o julgamento, o MPTO sustentou que Lucas participou ativamente da ação criminosa, embora o disparo fatal tenha sido efetuado por seu irmão, Leandro Dias Lima. Segundo a acusação, Leandro atirou contra Dione com intenção de matar, motivado por uma provocação banal.
O crime ocorreu em 18 de maio de 2014, no Parque de Vaquejada União, no distrito de Bielândia, em Filadélfia. A investigação apontou que Lucas, que estava em uma festa no local, teria escolhido uma vítima aleatória para provocar, dirigindo-se a Dione, que trabalhava como porteiro do evento. A situação evoluiu para uma agressão que culminou no disparo de revólver.
Dione sofreu ferimentos graves e passou por longo período de internação. Complicações decorrentes do tiro levaram à sua morte, registrada em março de 2017.
Condenação do coautor
Leandro Dias Lima, apontado como autor do disparo, já havia sido condenado previamente a 11 anos de prisão em processo relacionado ao caso. Ele permanece foragido.








