Em uma iniciativa voltada à modernização dos serviços de saúde e ao bem-estar da população, o Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR) realizou nessa terça-feira, 21, o primeiro curativo a vácuo da unidade. O procedimento, que utiliza sucção para tratar feridas complexas e acelerar a cicatrização, foi aplicado em uma ferida operatória decorrente de cesariana.
O método consiste na colocação de uma espuma sobre a ferida, selada com filme adesivo e ligada a uma bomba de sucção. Esse sistema gera pressão negativa controlada, que remove fluidos, reduz o inchaço, estimula a formação de tecido e auxilia no fechamento da ferida. A iniciativa integra as ações do Sistema Único de Saúde (SUS), recebeu apoio do Serviço Especializado em Integridade Cutânea e Assistência à Ferida (Seicaf) e envolveu seis profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe do centro cirúrgico.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Vânio Rodrigues, a meta é oferecer às pacientes um atendimento seguro, resolutivo e humanizado, garantindo que elas retornem rapidamente ao convívio familiar e retomem suas atividades diárias. “Por isso, buscamos investir em tecnologias que proporcionam estes resultados, os quais são prioridades do governador Laurez Moreira”.
Benefícios da terapia de pressão negativa
“O curativo a vácuo, também conhecidos como terapia de pressão negativa, foi utilizado devido à deiscência total da ferida operatória de cesárea, com o objetivo de acelerar a cicatrização e favorecer a recuperação segura da paciente, possibilitando maior conforto e mobilidade à puérpera, permitindo a desospitalização precoce e continuidade do tratamento em casa, possibilitando a convivência e o fortalecimento do vínculo mãe – bebê e família, em ambiente domiciliar, com acompanhamento ambulatorial”, afirma a enfermeira Cristiane Saldanha.
“Nosso objetivo é que a mulher possa retornar ao convívio familiar o quanto antes, com segurança e confiança, fortalecendo o vínculo com o bebê e favorecendo o aleitamento materno. O cuidado com a ferida, antes restrito ao ambiente hospitalar, passa a ser conduzido de forma planejada e contínua também no domicílio, com orientação e acompanhamento da equipe de enfermagem”, complementa a profissional.
Recuperação mais rápida e segura
Segundo o diretor-geral do HMDR, Fernando Melo, o procedimento é especialmente importante para mães que passam por cesarianas. “Com a ajuda dessa tecnologia, conseguimos promover uma recuperação mais rápida, segura e com menos dor. O uso adequado de tecnologias em saúde, como coberturas especiais e a terapia por pressão negativa agora implantada no Dona Regina, tem a finalidade de não separar mãe e filho, como anteriormente acontecia, pois a puérpera era transferida para o HGP, e lá não havendo suporte para receber o bebê”.
Aperfeiçoamento contínuo da assistência
A responsável técnica pela enfermagem do HMDR, Luciana Campos de Freitas, destaca a relevância do serviço e o impacto positivo no cuidado às pacientes. “Foi um sucesso a implantação desse serviço, estaremos sempre em busca de melhoria para o procedimento para os pacientes, assim como para a equipe, que se dedica 24 horas por dia no cuidado à gestante, à puérpera e ao bebê”.