Na terça-feira, 23 , o Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína (5ª PJA), solicitou informações à Secretaria da Saúde do Estado a respeito da situação do Hospital Geral de Araguaína (HGA). O órgão estadual deve detalhar, no prazo de 48 horas, as providências adotadas para regularizar o fornecimento de medicamentos, materiais de limpeza e insumos hospitalares.
De acordo com denúncia recebida pelo MPTO, no último fim de semana foram identificadas falhas graves na prestação de serviços hospitalares. Durante diligências realizadas pelo Ministério Público, constatou-se que mais de 120 itens estão em falta ou em estoque crítico no HGA. Entre eles, materiais considerados básicos e indispensáveis, como fios cirúrgicos, seringas, bolsas de colostomia, luvas estéreis e de procedimento, além de fraldas descartáveis.
Risco à segurança dos pacientes
A promotora de Justiça responsável pelo caso, Bartira Silva Quinteiro Rios, destacou os riscos da situação. “Conforme observado em denúncia e apurado nas diligências no bojo do inquérito civil público, o desabastecimento de medicamentos, materiais de limpeza e insumos diversos pode comprometer severamente a assistência e a segurança de pacientes internados na unidade de saúde, bem como pode deixar o ambiente vulnerável à proliferação de infecções hospitalares. Em razão disso, recebemos a notícia de fato e estamos atuando”, explicou.
Suspensão de procedimentos cirúrgicos
Além da falta de insumos, o MPTO também questionou a suspensão do fornecimento de órteses, próteses e materiais especiais, interrompido desde 17 de agosto. Esses itens são considerados essenciais para a realização de cirurgias nas áreas de ortopedia e neurologia no Hospital Geral de Araguaína.