UPA de Paraíso terá contrato rescindido e Prefeitura deve devolver mais de R$ 570 mil por serviços não prestados, determina TCE

UPA de Paraíso terá contrato rescindido e Prefeitura deve devolver mais de R$ 570 mil por serviços não prestados, determina TCE
Foto: Divulgação/TCETO

 

Uma fiscalização do projeto TCE de Olho na UPA em Paraíso do Tocantins, realizada nos dias 15 e 16 de junho de 2025, apontou diversas irregularidades na unidade. A vistoria da Coordenadoria de Auditorias Especiais (Coaes) resultou em novas determinações do Tribunal de Contas do Estado (TCETO), publicadas pelo conselheiro Manoel Pires dos Santos na Primeira Relatoria. O objetivo é que a gestão municipal corrija falhas graves e garanta a regularidade dos serviços prestados à população.

Entre os problemas identificados, o contrato com a empresa Dan-Sul Saúde Clínica Médica Ltda., responsável pela administração completa da UPA, foi considerado inadequado. O modelo de credenciamento só pode ser usado em situações sem exclusividade, mas a empresa assumiu integralmente a gestão da unidade, incluindo equipe, estrutura e administração, configurando uma contratação irregular.

A análise financeira mostrou que a empresa não atingiu as metas mínimas previstas no contrato, gerando pagamentos indevidos. O TCETO determinou a devolução de R$ 570.626,36 referentes a serviços não cumpridos entre abril e agosto de 2025. A Prefeitura deve apresentar planilhas detalhadas para comprovar os custos e corrigir o valor exato a ser devolvido.

Determinações do Tribunal 

O conselheiro exigiu que o prefeito Celso Soares Rego Moraes e o gestor do Fundo Municipal de Saúde, Arllérico André Silva, adotem medidas imediatas:

  • Rescindir o contrato com a Dan-Sul;

  • Garantir a continuidade dos atendimentos, seja por gestão direta, nova licitação, convênio ou organização social;

  • Apresentar relatório detalhado de pagamentos indevidos e comprovar a devolução do dinheiro;

  • Efetuar pagamentos apenas pelos serviços realmente prestados.

O TCETO alertou que a não comprovação das medidas pode levar à abertura de representação formal e adoção de medidas cautelares, inclusive suspensão do contrato.

Prazo e próximos passos

Os gestores têm 15 dias úteis para apresentar documentos que comprovem as providências adotadas. Caso contrário, o Tribunal poderá intensificar a fiscalização e realizar nova vistoria na UPA.

Segundo o conselheiro Manoel Pires, o objetivo é orientar e corrigir falhas, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados corretamente e que a população de Paraíso tenha acesso a serviços de saúde de qualidade.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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