Apreensão de mais de meia tonelada de cocaína leva Justiça do Tocantins a processar nove pessoas por tráfico interestadual

  Após decisão do juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessandro Hofmann Teixeira Mendes, na segunda-feira, 11 , nove pessoas passam a responder por associação para o tráfico de drogas, tráfico interestadual, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e falsidade ideológica. O juiz confirmou que a denúncia atende aos requisitos […]

 

Após decisão do juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessandro Hofmann Teixeira Mendes, na segunda-feira, 11 ,  nove pessoas passam a responder por associação para o tráfico de drogas, tráfico interestadual, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e falsidade ideológica.

O juiz confirmou que a denúncia atende aos requisitos legais e não apresenta motivos para ser rejeitada. Ele determinou que todos os réus sejam citados para responder às acusações por escrito, por meio de advogado ou defensor público, em até dez dias após receberem a citação.

“Cabem às partes produzirem as provas de seu interesse, salvo aquelas que não puderem ser obtidas sem pronunciamento judicial”, explicou o magistrado, citando exemplos como certidões de antecedentes e informações de reincidência.

Cada réu poderá apresentar defesas, solicitar provas e indicar até oito testemunhas, com contatos para intimação.

Como ocorreram os crimes

Segundo o processo, protocolado em 7/8, os nove faziam parte de uma organização criminosa estruturada, com divisão clara de funções, dedicada principalmente ao tráfico interestadual de drogas.

A investigação foi realizada pela Polícia Federal e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), e revelou ligação do grupo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e com o “Amigos do Estado” (ADE). Entre novembro de 2024 e abril de 2025, os policiais apreenderam 556 kg de cocaína escondidos em um caminhão de melancia, além de outros 14 tabletes de drogas em uma chácara ligada ao grupo.

Funções de cada acusado

O líder da célula no Tocantins, de 50 anos, coordenava a logística do recebimento e distribuição de grandes carregamentos de cocaína, que chegavam por via aérea e eram guardados em Marianópolis e Porto Nacional.   O líder, seu filho de 23 anos, um idoso de 63 e outro réu de 42 anos cuidavam do armazenamento, transporte e distribuição da droga em Tocantins, Pará, Goiás e Bahia.

Dois outros réus, um jovem de 23 anos e o motorista de 38 anos, eram responsáveis pelo transporte da droga.

Um policial civil de 56 anos e um vigilante de 45 anos respondem por falsidade ideológica e posse ilegal de armas, por registrar armas em nome de outros membros do grupo. O policial também teria registrado e atualizado boletins de ocorrência falsos na Polícia Federal.

Outro réu, de 33 anos, teria criado boletim de furto de quatro armas registradas em seu nome, para proteger o armamento caso houvesse apreensão.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias